Crescimento de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com rações contendo extrato etanólico de oliveira (Olea europaea)
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Data
2024-10-16Primeiro coorientador
Cunha, Mauro Alves da
Primeiro membro da banca
Garcia, Luciano de Oliveira
Segundo membro da banca
Veiga, Marcelo Leite da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar quatro diferentes tratamentos, contendo diferentes
concentrações de extrato etanólico de folhas de oliveira incorporadas na ração (0%;
0,5%; 1,0% e 2,0%) avaliamos então o desempenho zootécnico e histologia intestinal
de juvenis de tilápia. No dia 0 e dia 40, oito peixes de cada tratamento foram
escolhidos aleatoriamente para biometria e pesagem.
A tilápia-do-Nilo (oreochromis niloticus) é um peixe bem adaptado em países tropicais,
subtropicais e de clima temperado apesar de ser nativo da África e da Palestina. (EL
SAYED, 2006). É uma espécie com alto potencial de criação devido a sua fácil
adaptação ao manejo e aos diferentes métodos de criação (MICHELATO et al., 2016),
e qualidade da água, tem uma alta taxa de crescimento, resistência a enfermidades e
fácil reprodução. HE et al., 2013).
Devido a isso, a criação comercial da tilápia vem ganhando espaço no mercado e
cada vez mais sendo apreciada pela sua carne branca e ausência de espinhos
intramusculares (OLIVEIRA FILHO et al., 2010).
O experimento foi realizado com 180 juvenis de tilápia-do-Nilo (oreochromis niloticus)
com peso de 1-5g distribuídos em caixas dágua com capacidade para 30 L equipadas
com sistema de aeração num sistema de recirculação fechado de água contendo
filtros biológicos.
Os peixes foram divididos em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com 4
tratamentos e 3 repetições e alimentados duas vezes ao dia (9 e 17 horas) até a
saciedade aparente, logo após as caixas eram sifonadas para retirada de todos os
resíduos alimentares e complementadas com água nas mesmas condições.
Ao término do estudo as análises de desempenho zootécnico, crescimento e
histologia revelaram um efeito dose dependente demonstrando um aumento do ganho
de peso e da altura das vilosidades à medida que aumentou a da dose do extrato,
também não foram encontradas patologias nos seguimentos intestinais analisados e
não houve morte durante o período experimental.
Este resultado dose dependente se deu provavelmente devido a oleuropeína que é o
principal composto fenólico presente nas folhas da oliveira afetar o sistema
neuromodulador e neuroendócrino, esta que possui uma ligação direto com o trato
gastrointestinal, os fatores enzimáticos e de crescimento dos enterócitos intestinais.
Desta forma indicamos o uso de 2.0% de extrato etanólico de folhas de oliveira
adicionado a ração pelo seu efeito dose dependente positivo.
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