Altas habilidades/superdotação e acadêmicos idosos: o direito à identificação
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2016-02-12Metadatos
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Esta tese está vinculada ao curso de doutorado em Educação do Programa de Pós-graduação
em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e faz parte da Linha de
Pesquisa LP3 Educação Especial. A relevância e a necessidade desta proposta de estudo
estão no fato de não existirem estudos referentes às Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD)
direcionados à identificação de pessoas idosas e na escassez de aportes teóricos que subsidiem
essa discussão. Este estudo teve como objetivo a identificação de AH/SD em acadêmicos
idosos inseridos no ensino superior da Universidade Federal de Santa Maria, localizada no
Rio Grande do Sul (RS), no intuito de que estes possam se reconhecer com indicadores e
características de AH/SD e receber um atendimento educacional condizente com as suas
necessidades. Dessa forma, foi desenvolvido um instrumento que possibilitou a identificação
das AH/SD em acadêmicos idosos para facilitar a sua inserção no âmbito acadêmico e social.
Esta pesquisa, de cunho qualitativo, caracteriza-se como estudo de caso. Os sujeitos
participantes desta investigação foram oito acadêmicos com mais de 60 anos, os quais tiveram
como forma de ingresso na UFSM o concurso do vestibular para a modalidade presencial, e
que, atualmente, são alunos regulares da instituição nos cursos de graduação. Partindo do
embasamento teórico que estrutura o estudo e dos dados coletados, foram elencadas
categorias para a realização da análise, partindo dos pressupostos da Análise do Conteúdo
(BARDIN, 2011). Dentre os instrumentos que fizeram parte deste estudo, está o questionário
individual para identificação de indicadores de AH/SD em Idosos (QIIAHSDI), adaptado de
Pérez (2008), que passou por um processo de validação para posterior aplicação, uma Ficha
de Informações Pessoais no intuito de obter informações pessoais, familiares, laborais e sobre
as atividades de lazer, e uma entrevista semiestruturada. Muitos dos indicadores comuns
encontrados nos estudos realizados com pessoas adultas citados por Pérez (2008) e Delpretto
(2009) foram visualizados nos sujeitos idosos, como a curiosidade, a criatividade, a liderança,
a persistência, o senso de humor elevado, a autonomia e a preferência por desafios. A
identificação do público idoso favorecerá alternativas educativas adequadas e reconhecimento
de seus comportamentos e potencialidades, pois é uma necessidade identificá-los,
favorecendo o seu entendimento de acordo com as suas características pessoais, intelectuais e
emocionais relacionadas às AH/SD.