Gestão ambiental em bacias hidrográficas
Abstract
As Bacias Hidrográficas estão sendo ocupadas de maneira inadequada, o que gera a deterioração dos os recursos naturais (Recursos Hídricos, Flora, Fauna, Solos e o Ar). As ações antrópicas ocorrem devido ao uso inadequado do solo, em desrespeito total quanto à aptidão de uso da terra.
O desmatamento de nascentes, áreas de preservação permanente, lavouras e pastagens em locais inadequados, lixo e esgoto sem tratamento, caça e pesca predatória, indústrias lançando seus rejeitos nos cursos de água, aplicação de agrotóxicos, urbanização sem planejamento entre outras ações refletem diretamente nos Recursos naturais e na qualidade de vida das pessoas que residem nas bacias hidrográficas. Este trabalho teve como objetivo geral criar e aplicar uma metodologia para a gestão ambiental em bacias hidrográficas. A metodologia leva em consideração 21 (vinte e um) parâmetros na análise da deterioração das bacias hidrográficas: São eles: Solos, Fatores Climáticos, Hidrogeologia, Flora, Fauna, Recurso Hídrico Superficial, Aspectos Sociais, Aspectos Econômicos, Aspectos Tecnológicos, Uso e Ocupação do Solo, Diagnóstico Ambiental,
Estrutura Urbana, Patrimônios, Conservação da Natureza, Situação de Risco, Potencial Turístico, Saúde Pública, Passivo, Educação Ambiental, Aspectos Legais e Quadro Institucional. Cada parâmetro foi subdividido de acordo com suas características e a cada subdivisão foi atribuído um valor ponderado (peso), variando de 1 (um) menor deterioração
à 10 (dez) maior deterioração, conforme o número de classes estabelecidas por parâmetro; de tal modo que para a classe de maior valor ponderado (peso) correspondeu maior deterioração Ambiental da Bacia Hidrográfica. A metodologia foi aplicada nas nascentes do Rio Ibicuí Mirim, RS, onde todos
os parâmetros foram estudados através de levantamentos de campo, laboratórios, pesquisas bibliográficas, realizado por uma equipe multidisciplinar, do que resultou 40,83 % de deterioração na Bacia hidrográfica do Ibicuí Mirim. As nascentes do Ibicuí Mirim estão deterioradas devido aos desmatamentos que ainda ocorrem, agricultura em áreas sem aptidão, erosões, caça e pesca predatória, aplicação de agrotóxicos, problemas sociais e econômicos, estrutura urbana
deficiente, falta de programas de conservação da natureza, inexistência de educação ambiental nas escolas. Através da aplicação das recomendações será possível baixar a deterioração calculada pela metodologia