Manejo da irrigação e eficiência do uso da água no cultivo do pimentão com e sem sombreamento
Fecha
2016-07-16Metadatos
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Estratégias no manejo de irrigação podem levar a melhores resultados como: o uso eficiente da água, produtividade e qualidade dos frutos. O presente estudo teve como objetivo determinar o efeito de diferentes lâminas de irrigação suplementar e a eficiência do uso da água na cultura do pimentão cultivado em campo aberto e com 50% de sombreamento. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com quatro repetições em esquema fatorial. Os tratamentos de irrigação consistiram na aplicação de: 25, 50, 75 e 100% da evapotranspiração e a testemunha sem irrigação. A unidade experimental foi formada por 2 linhas de 5 m de comprimento, sem as plantas de bordadura. A cultivar utilizada foi o híbrido Arcade, as mudas foram transplantadas dois meses após a germinação, com o espaçamento entre linha de 1 m e entre plantas de 0,4 m, no dia 16 de novembro de 2013 e 23 de novembro de 2014. O sistema de irrigação foi por gotejamento, com o espaçamento entre emissor de 0,2 m e vazão de 0,8 L h-1. A frequência de irrigação foi diária. A evapotranspiração de referência foi calculada pela equação de Penman-Monteith/FAO e a evapotranspiração da cultura com o método de coeficiente de cultivo duplo. Determinou-se os parâmetros de solo: análise química, textura, densidade do solo, capacidade de campo e taxa de infiltração. O monitoramento do conteúdo da água no solo foi pela reflectometria no domínio do tempo (TDR) e sonda de nêutrons. Avaliaram-se os seguintes parâmetros: rendimento, altura da planta, diâmetro do caule, índice da área foliar, índice de clorofila, matéria seca (da planta, da raiz e do fruto), número de frutos por planta, comprimento e diâmetro do fruto. Também foi realizada a análise econômica com e sem irrigação. O maior rendimento foi obtido sem sombra (35,1 t ha-1) com 75% da evapotranspiração, e com sombra (22,2 t ha-1) com 50% da evapotranspiração. A máxima eficiência técnica foi obtida com 69,4% e 54,5% da evapotranspiração, sem e com sombra, respectivamente. Com sombra ocorreu a economia de 15% da água de irrigação. A lâmina de irrigação aplicada oscilou de 70,4 a 401,8 mm nos anos de estudo. O uso eficiente da água de irrigação encontrado sem e com sombra foram de 30 kg m-3 e 20 kg m-3, respectivamente. O coeficiente de cultura foi influenciado pelas precipitações, durante as fases inicial e de crescimento. Os valores do coeficiente da cultura foram kcini= 0,71, kcmed= 1,17 e kcfinal= 0,92, sendo estes valores maiores que os recomendados pela FAO-56. No tratamento sem sombra resultaram valores maiores em: taxa de crescimento do diâmetro do caule; índice de clorofila e número de frutos por planta. No tratamento com sombra resultaram valores maiores em: taxa de crescimento da altura da planta; índice de área foliar; número de folhas por planta; matéria seca total da planta; diâmetro, comprimento e massa dos frutos. A menor rentabilidade foi sem irrigação e a maior com a lâmina de irrigação de 75% da evapotranspiração, com taxa interna de retorno de 29 e 84%, respectivamente. O déficit e o excesso de água afetaram a fenologia, o rendimento, o crescimento da planta e o desenvolvimento da área foliar.