Estrutura bioeconômica da produção no manejo da densidade de Pinus taeda L. na região do planalto catarinense, Brasil
Fecha
2012-10-12Metadatos
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Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar a eficiência dos modelos que expressam a relação
de densidade e diâmetro em povoamentos equiâneos de Pinus taeda L., manejados em densidade completa
e altamente estocados, para obtenção de um modelo bioeconômico da produção. Para isso, foram testados
modelos de densidadee diâmetro, através de dados originados de 50 parcelas permanentes, medidas
anualmente até os 18 anos, alocados em povoamentos implantados em espaçamentos de 1,5x1,0 m, 2,5x1,0
m, 1,5x2,0 m, 2,0x2,0 m, 1,5x3,0 m, 2,5x2,0 m, 2,0x3,0 m e 2,5x3,0 m, mantidos em densidade completa,
em Otacílio Costa, região fisiográfica do planalto do estado de Santa Catarina. Os resultados obtidos da
modelagem bioeconômica da produção, baseada no Diagrama de Manejo da Densidade para sistema de alto
fuste, permitiram concluir que os modelos propostos por Reineke, Yoda, Zeide e Tang apresentaram uma
boa precisão estatística, com um coeficiente de determinação superior a 0,88 e um coeficiente de variação
inferior a 1,25%, porém o modelo de Tang mostrou-se mais preciso e eficiente. A dimensão do diâmetro
médio no ponto em que inicia o autodesbaste na população varia consideravelmente com a densidade de
árvores implantadas por hectare. Para todos os espaçamentos de plantio analisados, não se comprovou o
valor do coeficiente angular de -3/2 da lei de autodesbaste proposto por Tang, sendo uma decorrência do
espaçamento inicial. O limite de autodesbaste de populações menos densas ocorre com um diâmetro médio
pouco inferior ao obtido em máxima densidade, sendo este diretamente proporcional à densidade de árvores
quando da implantação da floresta. O modelo de autodesbaste descreveu as zonas de manejo ótimo dos
indivíduos na população entre limites de 0,45 e 0,55 da densidade máxima da floresta. O incremento
corrente anual em diâmetro entre o 6º e o 7º ano, quando relacionado com a densidade relativa (G/d0,5622),
permitiu identificar cinco zonas de crescimento, definidas por: espaço excessivo as árvores crescem livre
de concorrência; crescimento livre o incremento em diâmetro é máximo; aumento da competição o
incremento em diâmetro começa a diminuir; estoque completo a produtividade do povoamento é máxima;
e iminente mortalidade começa a haver morte de indivíduos por densidade excessiva e alta concorrência.
Os Diagramas de Manejo da Densidade com as variáveis diâmetro médio, área basal e volume por Índice
de Densidade do Povoamento foram eficientes e permitiram estimar estes valores com acurácia, para uma
eficiência igual a 0,99. As linhas que delimitam as zonas de concorrência permitem projetar a trajetória do
diâmetro por densidade populacional, com definição da idade de corte final. As distribuições de
probabilidade Normal, Ln-normal, Weibull e Gama descreveram com acurácia a variação da densidade dos
povoamentos, masa função de Weibull, com dois parâmetros, foi compatível pela simplicidade ao ajuste e à
eficiência na prognose das frequências por diâmetro no tempo. A forma de tronco ajustada pelo polinômio
do 5º grau apresentou melhores estimativas que outros modelos. O Valor Presente Líquido de R$ 15.587,60
ha-1 foi determinado para o regime de manejo com três desbastes, aos 9, 13 e 18 anos e corte final aos 22,
superior aos demais regimes simulados. A comparação dos regimes de manejo pela equivalência dos
horizontes de planejamento em 28 anos, determinado pelo Valor Anual Equivalente, indicou o regime de
manejo com três desbastes e corte final aos 22 anos como o de maior eficiência econômica, com um valor
de R$ 1.380,10 ha-1. A taxa interna de retorno em qualquer dos regimes de manejo simulados foi altamente
atrativa, tendo variado de 14,83 % a.a. em povoamentos manejados com três desbastes e corte final aos 22
anos a 14,25 % a.a. em povoamentos manejadoscom dois desbastes e corte final aos 18 anos. A maior razão
benefício sobre os custos foi de 2,81, obtida no regime de manejo com três desbastes, aos 9, 13 e 18 anos e
corte final aos 22.