Crescimento de espécies florestais madeiráveis como subsídio para o manejo florestal na Amazônia ocidental
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Date
2013-02-25Segundo membro da banca
Staudhammer, Christina Lynn
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Dados confiáveis de crescimento de árvores são muito importantes no contexto do
manejo florestal. Características próprias da árvore como a arquitetura e a
competição estão associadas diretamente com o crescimento em diâmetro e altura.
Estudos anteriores indicaram que essas variáveis podem descrever a variação do
incremento. No entanto, o efeito dessas variáveis na modelagem do crescimento de
árvores tropicais precisa ser mais bem estudado, para discutir efetivamente as
praticas de manejo florestal atuais. Portanto, nessa pesquisa reconstruiu-se o
incremento periódico anual em área basal (IPAg) de quatro espécies de árvores
madeiráveis de vida longa da Amazônia: Cedro (Cedrela odorata); Cerejeira
(Amburana cearensis); Copaíba (Copaifera paupera) e Mogno (Swietenia
macrophylla) com o objetivo de explicar a variação de IPAg, propondo um modelo de
crescimento tipo de árvore individual utilizando os seguintes preditores potenciais:
tamanho e morfometria da árvore; o status competitivo; a posição social e a carga de
lianas na copa. O modelo foi ajustado considerando a distribuição de probabilidade
Gama no contexto de Modelo Linear Generalizado. Em base a critérios estatísticos e
avaliação residual, o modelo de crescimento demonstrou ser adequado para explicar
a variação de IPAg e revelou variáveis dendrométricas que englobam grande parte
dos efeitos que moldaram a variação observada do IPAg, apresentando boa
abrangência dos dados observados em situações onde o crescimento é complexo e
variado entre as espécies. As árvores quando amostradas em boas condições de
sítio, expressado por boa exposição da copa à luz solar e, portanto, pouca
competição, apresentaram as maiores taxas de IPAg, no período avaliado, do que
aquelas encontradas sob forte competição por árvores vizinhas. Além disso, as
variáveis carga de lianas na copa, para Cedrela, o diâmetro de copa e o status
competitivo de Hegyi influenciaram de forma significativa o IPAg. Árvores
amostradas em densidade maior do que 25 m2.ha-1 mostraram queda significativa do
IPAg%. No contexto de incremento em área basal por área ocupada na floresta
(eficiência da copa), todas as quatro espécies mostraram-se mais eficientes quando
em melhor posição social e quando com copas estreitas e longas (formal de copa
pequeno). Entre as espécies a Cedrela odorata foi a mais eficiente no crescimento,
comportamento que reforça a importância da liberação das árvores o que
proporcionaria melhor exposição da copa à luz solar.