A análise de propostas pedagógicas em portais educacionais para docentes de Língua Inglesa: implicações para o ensino e a aprendizagem de línguas no contexto digital
Fecha
2009-03-16Metadatos
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A intensificação das tecnologias de informação e comunicação tem propiciado o surgimento de novos gêneros textuais (MARCUSCHI, 2002; HUCKIN, 2007), os chamados gêneros digitais, tais como: e-mail, MSN, chat, fórum de discussão, blog, videoconferência, fotoblog, videoblog e orkut. Entre esses gêneros, surgem os portais educacionais, os quais têm como objetivo principal disponibilizar conteúdos e atividades pedagógicas em várias áreas do conhecimento (Matemática, Química, Física, Artes, Língua Inglesa, por exemplo). Neste estudo, com base nas pesquisas sobre Gêneros Textuais e Ensino e Aprendizagem de Línguas, analisamos portais
educacionais de língua inglesa, visando: 1) investigar a função desse gênero, 2) analisar o papel desempenhado pelos participantes e 3) examinar de que modo os conteúdos e as atividades pedagógicas estavam organizados retoricamente. Além disso, investigamos as atividades pedagógicas com foco em leitura, disponibilizadas nos portais, buscando identificar: 1) as perspectivas teórico-metodológicas de ensino
e aprendizagem de línguas que norteiam os web owners na produção dessas atividades e 2) o papel do professor e do aluno. Para tanto, foram selecionados quinze portais educacionais que disponibilizassem atividades de leitura para
professores em serviço, com acesso gratuito. A análise evidenciou que os portais educacionais são constituídos por cinco movimentos retóricos obrigatórios e oito movimentos opcionais nos quais são disponibilizados conteúdos, atividades
pedagógicas e sugestões metodológicas de ensino e aprendizagem de línguas. Os portais funcionam como espaços interativos para que os docentes-usuários possam trocar informações e experiências com seus pares sobre a prática docente. A investigação apontou que os portais são meros reprodutores e distribuidores de materiais instrucionais produzidos para o meio impresso, com atividades pedagógicas fundamentadas nas perspectivas behaviorista e omunicacional. Nesse caso, essas atividades não promovem tarefas significativas que desafiem e estimulem a aprendizagem colaborativa. Concluímos que os portais educacionais analisados não se constituem em um espaço discursivo que possa contribuir efetivamente para a formação de uma pedagogia de reflexão crítica.