Óleo essencial de Lippia alba como anestésico e antibacteriano para peixes
Resumo
Existem alguns anestésicos e antibacterianos efetivos para peixes, mas é importante buscar novas alternativas de substâncias de fácil aquisição e baixo custo aos piscicultores e que não ofereçam aos animais e manipuladores riscos à saúde. Portanto, este trabalho verificou a utilização do óleo essencial de Lippia alba (OE) como anestésico em jundiás (Rhamdia quelen) e em cavalos marinhos (Hippocampus reidi). Para identificar o tempo de indução e recuperação anestésica
os peixes foram colocados em aquários com 1 L de água contendo diferentes concentrações do OE, e após a indução, foram transferidos para aquários livres do OE para avaliar o tempo de recuperação. Foi realizada coleta de sangue dos peixes para análise de cortisol plasmático (jundiá) e glicose sanguínea (cavalo marinho). Em jundiás o sangue foi coletado 0, 1 e 4 h após anestesia e exposição ao ar e alguns exemplares do tempo 0 h foram abatidos para testes de avaliação sensorial do filé. Nos cavalos marinhos o sangue foi coletado antes e após transporte realizado por 4 ou 24 horas. Os resultados obtidos mostraram que o OE é uma
alternativa segura como anestésico para o jundiá na concentração de 100 a 500 mg L−1, pois reduz o cortisol plasmático no momento da exposição ao ar e não deixa
odor ou sabor desagradável ao filé. Em cavalos marinhos este OE mostrou-se efetivo para sedação (10-20 μL L-1) e para anestesia profunda (50 450 μL L-1). Além disso, 15 μL L-1 do OE na água do transporte inibe a elevação da glicose sanguínea e conseqüentemente seu uso no transporte desta espécie é sugerido.