Impacto da aflatoxina B1, montmorilonita e β-glucana na fermentação ruminal in vitro
Abstract
Foram avaliados os efeitos da aflatoxina B1 (AFB1) (1μg/mL) e os adsorventes β-glucanas devivadas de Saccharomyces cerevisae com 65% de princípio ativo (β-glu) (1mg/mL) e montmorilonita (MMT) (5mg/mL) sobre a fermentação ruminal. Foram conduzidos dois ensaios in vitro, no primeiro ensaio o propósito foi determinar a produção de ácidos graxos de cadeia curta, a produção de amônia em 24h de incubação. Enquanto no segundo ensaio determinou-se a produção de metano (CH4) e os parâmetros da cinética da produção de gases (Vf = volume final de gás (ml) no tempo t; L = tempo de colonização; S = taxa de degradação (h-1)) no período de 72h de incubação. Em cada ensaio seis repetições foram realizadas para os seguintes tratamentos: CONT: controle (sem AFB1 ou adsorventes); AF: AFB1 (1μg/mL); β-glu (1mg/mL); β-glu + AF: (1mg/mL de β-glu + 1μg/mL de AFB1); MMT: (5mg/mL); MMT + AF: (5mg/mL de MMT + 1μg/mL de AFB1). A quantidade produzida de AGCC foi significativamente maior no tratamento β-glu (67,7 mM) em relação aos tratamentos CONT (57,72 mM) e MMT (53,3 mM). A MMT reduziu significativamente a produção de NH3 (9,6 mM) em relação aos tratamentos CONT (11,4 mM), AF (12,6 mM) e β-glu (12,2 mM). O tratamento β-glu produziu maior volume de gás (103, 4 mL) em relação aos tratamentos CONT (89,0 mL) e MMT (91,6 mL). Também o tratamento β-glu teve maior taxa de degradação em relação aos demais tratamentos. A montmorilonita aumentou o tempo de colonização e reduziu a produção de CH4. Os resultados deste estudo sugerem que a AFB1 (1μg/mL) não é tóxica a fermentação ruminal. Enquanto, o uso do β-glu impacta a fermentação ruminal, aumentando a produção de AGCC. O uso de montmorilonita pode retardar a colonização bacteriana no alimento porém, não interfere significativamente na quantidade total de AGCC produzidos.