Terminação de novilhos aos 18 meses de idade, suplementados em pastagem de sorgo forrageiro
Abstract
Objetivou-se avaliar os efeitos de três níveis de suplementação ofertados em quantidade equivalente a 0,8%, 1,0% ou 1,2 % do peso vivo sobre o desempenho, desenvolvimento corporal, comportamento ingestivo e padrões de deslocamento de 24 novilhos com idade e peso médio inicial de 16 meses e 334,58 kg, mantidos sob pastoreio continuo em pastagem de sorgo forrageiro (Sorghum bicolor). O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com parcelas subdividas no tempo, constituindo três tratamentos e quatro repetições de área (piquete) por tratamento, e quatro repetições (animais) por tratamento nas análises de comportamento ingestivo e deslocamento. Não foi verificada diferença no ganho diário (1,188 kg dia-1) e na carga animal (894,80 kg PV ha-1) entre os níveis de suplementação estudados. A média do ganho de peso por área total foi de 201,10 kg ha-1 entre os tratamentos, entretanto no primeiro período observou-se ganho de 113 kg ha-1 (P<0,05), não diferindo no segundo e terceiro períodos (48,21 kg ha-1). Foi observada maior massa de lâminas foliares de sorgo (670,69 kg MS ha-1) e taxa de acúmulo de sorgo (77,83 kg MS ha-1 dia) nos primeiros 28 dias de utilização da pastagem, mantendo-se constantes no segundo terceiro períodos (470,55 kg MS ha-1 e 53,5277,83 kg MS ha-1 dia, respectivamente). Não foi observada diferença nas medidas corporais finais, frame e relação peso: altura dos animais de acordo com o nível de suplementação. O avanço do ciclo fenotípico da pastagem promove a diminuição na massa de lâminas foliares, na taxa de acúmulo e aumento da massa de forragem de outros. Os novilhos que receberam o equivalente a 0,8% do peso vivo em suplementação apresentaram maior (P<0,05) tempo de pastejo durante o turno da manhã (241,25 min. manhã-1) comparado aos animais do tratamento 1,2% que dispenderam 172,5 min. manhã-1 nesta atividade, enquanto o tratamento 1% foi intermediário (205, 42 min. manhã-1). O tempo de pastejo diminuição (P<0,05) com o avanço da utilização da pastagem, com médias de 565,83; 494,09 e 437,5 min. dia-1 para o primeiro, segundo e terceiro períodos, respectivamente. O tempo de ócio aumentou (P<0,05) do primeiro (423,33 min. dia-1) para o segundo e terceiro períodos (557,06 min. dia-1). Os níveis de suplementação não influenciaram as variáveis de deslocamento, entretanto a variação estrutural da pastagem influenciou a taxa de bocados min.-1 e o número de bocados estação-1 alimentar.