Avaliação do potencial antinociceptivo de 5- trialometil- 4,5-diidro-1h- pirazol metil ésteres inéditos em camundongos
Fecha
2008-07-11Segundo membro da banca
Schetinger, Maria Rosa Chitolina
Metadatos
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A dor é um sintoma comum na prática clínica, por isso muitos avanços estão sendo realizados no sentido de obter moléculas analgésicas cada vez mais efetivas e com menos efeitos colaterais. Neste contexto, no presente estudo avaliou-se o potencial antinociceptivo de quatro pirazóis inéditos: 3- metil-5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro- 1H-pirazol metil éster (MPF3), 4-metil-5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-pirazol
metil éster (MPF4), 3-metil-5-hidroxi-5-triclorometil-4,5-diidro-1H-pirazol metil éster (MPCl3) e 4-metil-5-hidroxi-5-triclorometil-4,5-diidro-1H-pirazol metil éster (MPCl4). A
administração sistêmica dos compostos foi efetiva em inibir a nocicepção em modelos de dor induzida por estímulo nocivo químico (teste da formalina, 0,03-1,0 mmol/kg, i.p.) e térmico (teste da placa-quente, 0,1-1,0 mmol/kg, i.p.). Em adição,
MPF4 produziu antinocicepção em modelos de dor inflamatória causada por Adjuvante Completo de Freund (ACF) ou por incisão na pata de camundongos. O efeito antinociceptivo de MPF4 (1,0 mmol/kg, i.p.) não foi revertido pelo prétratamento
dos animais com ioimbina (0,15 mg/kg, i.p.) ou p-clorofenilalanina etil éster (PCPA; 300 mg/kg, i.p.), mas sim, por naloxona (2,0 mg/kg, i.p.), tanto na nocicepção térmica quanto na nocicepção química. O tratamento dos animais
durante um período de 8 dias consecutivos com MPF4 (1,0 mmol/kg, i.p), ao contrário daqueles tratados com morfina (5,0 mg/kg, i.p.), não desenvolveram tolerância antinociceptiva nem tolerância cruzada com os animais tolerantes à morfina. Porém, similar ao opióide morfina (11 mg/kg, i.p.), MPF4 (1,0 mmol/kg, i.p) inibiu o trânsito gastrintestinal de camundongos, sendo este efeito revertido por naloxona (2,5 mg/kg, i.p.). Além disso, diferente de indometacina (0,1 mmol/kg, v.o.), MPF4 (1,0 mmol/kg, v.o.) não induziu lesão gástrica em camundongos. Nenhum dos
compostos testados causou alteração na atividade locomotora dos camundongos. Estes achados sugerem que os novos pirazoline metil ésteres avaliados parecem
ser promissores para o desenvolvimento de novas drogas analgésicas terapeuticamente relevantes.