Modelagem de equações estruturais aplicada à propensão ao endividamento: uma análise de fatores comportamentais
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2012-12-10Metadatos
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O presente estudo buscou propor e validar um modelo de propensão ao endividamento, a partir de fatores comportamentais. Para isso, realizou-se uma pesquisa survey com 1.046 habitantes da cidade de Santa Maria (RS). Como instrumento de coleta de dados adotou-se um questionário estruturado, composto por noventa questões, que abordaram variáveis demográficas e culturais e sete fatores comportamentais (educação financeira, percepção de risco, comportamento de risco, emoções, materialismo, endividamento e valores do dinheiro). A análise foi feita pela modelagem de equações estruturais, sendo que a influência das variáveis demográficas e culturais foi mensurada pelos testes de hipóteses paramétricos. Os resultados demonstraram que das dez hipóteses iniciais, oito foram confirmadas. O modelo final apresenta quatro fatores diretamente relacionados ao endividamento: valores do dinheiro, materialismo, percepção e comportamento de risco. Devido a problemas de ajuste, o construto de educação financeira foi excluído do modelo final, não interferindo na propensão ao endividamento. A estatística descritiva dos fatores demonstrou baixo nível de endividamento e materialismo dos habitantes de Santa Maria (RS). Além disso, encontrou-se uma percepção de risco mais alta, tendo consequentemente um comportamento de risco mais conservador. Os testes de hipóteses apontaram diferença significativa no nível de endividamento conforme idade, gênero, estado civil, escolaridade, religião, princípios religiosos, ocupação, renda familiar, cartão de crédito, dependência do crédito e gastos. Quanto a renda, ressalta-se que as pessoas com maiores faixas de renda receberam a maior média, ou seja, maior tendência ao endividamento.