Gestão orçamentária: o caso da UFSM
Abstract
A administração pública passou por diferentes reformas até chegar às suas características
atuais. Dentre os seus objetos de estudo está o orçamento público, que é o marco regulador
das receitas e despesas nas instituições públicas. Dentro da UFSM, os recursos orçamentários
são distribuídos conforme o Índice de Distribuição de Recursos (IDR). O presente estudo
buscou analisar a percepção dos diferentes agentes sobre a distribuição e a gestão
orçamentária na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Para isso, realizou-se uma
pesquisa do tipo descritiva, quantitativa quanto ao método e classificada como um estudo de
caso dentre os gestores dos centros de ensino da instituição (diretores e vice-diretores de
centro, chefes de departamento, coordenadores de curso de graduação e pós-graduação e seus
respectivos secretários bem como os secretários financeiros), totalizando uma amostra de 111
questionários preenchidos. Como instrumento de coleta de dados adotou-se um questionário
estruturado, composto por setenta e duas questões, que abordaram variáveis demográficas e
questões relacionadas ao conhecimento e percepção do orçamento universitário. Como
técnica principal para identificar os fatores relacionados ao orçamento da instituição foi
utilizada a Análise Fatorial Exploratória e posteriormente o teste de esfericidade de Bartlett e
a medida de Kaiser-Meyer-Olkin, onde foram apontados os fatores recursos, conceituação,
projeção, gastos anuais, relevância, deficiências, prazos, prática, transparência, diárias e
passagens, permanente, distribuição e prestação de contas. Os resultados mostraram que o
fator referente à distribuição dos recursos obteve baixos valores no nível de conhecimento,
caracterizando assim um baixo nível de conhecimento a respeito dos critérios de distribuição
de recursos entre a reitoria e unidades de ensino e entre as unidades dos centros de ensino. Foi
registrado também que os prazos para liberação e utilização dos recursos financeiros não é
adequado. Devem ser feitas ações para melhorar o nível de transparência entre a reitoria e
centros de ensino, bem como destes com as suas unidades administrativas no que tange a
distribuição de recursos.