O impacto da parceria transatlântica de comércio e investimento (TTIP) nas macrorregiões brasileiras
Abstract
A intensificação das relações entre Estados Unidos e União Europeia ocorreu a partir da década de 1990, no período pós Guerra Fria. A partir desse contexto, deram-se as discussões a respeito da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (Transatlantic Trade and Investment Partnership) (TTIP). Após o enfraquecimento de ambas as economias, por meio da ascensão econômica chinesa e da crise do Subprime, suas relações estreitaram-se, buscando, então, a formação de uma área de livre comércio. Desta forma, o objetivo deste trabalho é verificar o impacto da criação de uma área de livre comércio entre Estados Unidos (EUA) e União Europeia (UE), TTIP, na economia brasileira, mais especificamente nas cinco macrorregiões. Para tal, utilizou-se o Modelo de Equilíbrio Geral (GTAPinGAMS), a partir da base de dados do Projeto de Análise de Equilíbrio Geral da Economia Brasileira (PAEG). Nesse sentido, estimaram-se dois cenários, o primeiro com a eliminação das tarifas de importação entre UE e EUA, e o segundo com a liberalização total de comércio. No primeiro cenário, os impactos econômicos nas regiões brasileiras foram, na sua maioria, negativos, prejudicando principalmente os setores de vestuário, calçados e indústria têxtil. No segundo cenário, o setor agrícola brasileiro, produtor e exportador, é positivamente influenciado. Contudo, o setor de vestuário e calçados e manufaturados foi o que obteve maiores perdas de eficiência.