A expansão do número de associados em redes interorganizacionais como estratégia de crescimento: proposição de um modelo
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2015-01-19Metadatos
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As redes interorganizacionais despontam como importante estratégia pois, segundo Atouba e Shumate (2010), Lee e Monge (2011) e Müller-Seitz (2012), são capazes de propiciar a geração de resultados que transcendem a soma dos recursos organizacionais auferidos individualmente. Assim como as organizações individuais, as redes interorganizacionais também precisam agir para garantir o crescimento e o fortalecimento, o que as impele a gerar sempre novos benefícios aos associados, fortificando os laços entre os membros e ampliando sua atuação. Gulati (1998) considera a importância de tornar a rede mais atrativa para novos associados e, para Verschoore e Balestrin (2008), o crescimento do número de associados em uma rede possibilita obter ganhos de escala e poder de mercado, benefícios que vêm ao encontro do propósito dos associados de conseguirem vantagens financeiras (LIMA, 2007; GAZLEY, 2008; KUNZLER e BULGACOV, 2011). Nesse sentido, compreende-se que a expansão do número de associados possibilita o alcance dos objetivos principais dos associados, contribuindo então, para o fortalecimento e consolidação das mesmas. Considerando-se, assim, a importância da expansão do número de associados em redes interorganizacionais, quando da busca por melhores desempenhos, esse estudo objetivou propor um modelo para a expansão do número de associados, específico para redes interorganizacionais. Para tanto, partiu-se da literatura de outros tipos de relacionamentos interorganizacionais, o que possibilitou a construção do questionário de pesquisa e formulação do roteiro de entrevista semi-estruturadas. A coleta de dados se deu com a aplicação de 120 questionários junto a gestores de redes interorganizacionais e as entrevistas totalizaram 18 com a mesma amostra. Os dados desses instrumentos de coleta de dados foram analisados individualmente e em conjunto, possibilitando a complementação das informações. Como principais resultados, salienta-se que as redes interorganizacionais da amostra possuem um perfil heterogêneo no que tange o tempo de atuação (de 1 a 38 anos) e o número de associados (de 4 a 410 associados), sendo que, em valores médios, essa amostra possui um potencial de crescimento do número de associados de 264,45%, dada a estrutura atual. Salienta-se ainda que as redes mais jovens (formadas a partir de 2006) tem um número médio maior de empresas ingressando e um número menor de empresas saindo anualmente, o que traz a questão de que essas possuem maior capacidade de gerar benefícios aos associados. Com o teste t identificou-se uma relação estatisticamente significativa entre a realização das fases pelas redes e a importância dada a cada uma. Nesse sentido a fase de acordos legais é a fase desenvolvida pelo maior número de redes interorganizacionais da amostra (100) sendo considerada por essas com uma importância média de 4,707. O modelo proposto para a expansão do número de associados em redes interorganizacionais é composto por 11 fases, desde a criação de uma equipe para a expansão do número até a fase de acompanhamento dos novos associados. O mesmo contribui em termos teóricos no sentido de preencher uma lacuna de pesquisa e, em termos práticos, serve como um guia para as redes interorganizacionais que buscam a ampliação do número de associados.