Governança em ambientes de inovação para o desenvolvimento regional sustentável: o Santa Maria tecnoparque
Abstract
A criação de um parque tecnológico pode ser uma consequência do desenvolvimento de uma região. Como também pode ser o agente para que isso ocorra. Ao se estudar os mecanismos e contingências da gestão, é usual se deparar à conjuntura de adaptação das organizações, a fatores de cultura e sociedade e de melhor utilização de recursos naturais. Uma causa desse despertar e reconhecimento do problema de má utilização de tais recursos, tende a ocorrer pelo fato de maior consciência de finitude desses. Nesse cenário, o processo de desenvolvimento regional vem ao encontro do pensamento sustentável, fazendo com que esse contemple não apenas a dimensão econômica, mas também a social e a ambiental, a resultar em maior impacto local e, posteriormente, global. Conforme o avanço dos estudos na área de sustentabilidade, aos parques tecnológicos ambientes de inovação cabe prover uma governança fundamentada nessa ideologia. Ademais, são locais já reconhecidos como agentes para a potencialização do desenvolvimento sustentável de um território. Neste estudo, o objeto é o Santa Maria Tecnoparque (Santa Maria, RS, Brasil), por ser embasado nesses princípios e composto de uma diretoria das esferas acadêmica, empresarial e governamental. De caráter exploratório-descritivo, é um estudo qualitativo, o qual objetivou analisar como a governança existente no Santa Maria Tecnoparque influencia para o Desenvolvimento Regional Sustentável da cidade. Desse modo, houve a oportunidade de acesso ao ambiente do parque, a ver como os envolvidos, gestores e empresários, estão pensando suas práticas, a fim de o parque seja agente de desenvolvimento regional. Foi possível notar que o SM Tecnoparque passa por dificuldades, porém com melhores práticas de governança, tende a se tornar um ambiente de inovação bem-sucedido e, assim, um agente do desenvolvimento regional sustentável, como consta em sua missão.