Propagação e genotoxicidade de Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze (Amaranthaceae)
Fecha
2013-05-24Metadatos
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Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze (Amaranthaceae) é um espécie conhecida como penicilina, terramicina, doril ou carrapichinho. Trabalhos comprovam que o extrato das folhas apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante. Com base no uso medicinal desta espécie o trabalho visou propagar vegetativamente in vitro e ex vitro A. brasiliana, e avaliar o potencial genotóxico, anti-proliferativo e anti-mutagênico do extrato aquoso das folhas de plantas provenientes de quatro sistemas de cultivo, através do Teste Allium cepa, bem como a quantificação do conteúdo de polifenóis, flavonoides e ácido clorogênico. Na propagação por estaquia de ramos aéreos ex vitro foram utilizadas estacas apicais, medianas e basais tratadas em meio nutritivo MS (0 e 20%) com acréscimo de AIB ao meio liquido (0,0 e 2,5 mg L-1). Para a micropropagação foram utilizados segmentos apicais e nodais inoculados em meio MS com as combinações de ANA (0,0 e 0,05 mg L-1) e BAP (0,0 e 0,5 mg L-1). Nas avaliações do potencial genotóxico, anti-proliferativo e anti-mutagênico, raízes de bulbos de Allium cepa foram imersas por 24 horas em extratos aquosos por infusão das folhas secas de A. brasiliana de quatro proveniências: Campus da UFSM; micropropagação; estaquia e casa de vegetação, todos com concentrações de 5 g L-1 e 20 g L-1. Estes mesmos extratos foram utilizados para a quantificação dos metabólitos secundários, polifenóis e flavonoides, através de espectrofotômetro e ácido clorogênico através de cromatografia líquida de alta eficiência. Estacas apicais, medianas e basais podem ser utilizadas na propagação, apresentando porcentagem de enraizamento e sobrevivência acima de 62%. Em geral, plantas provenientes de estacas medianas e basais apresentam melhores resultados que as apicais, sugerindo que estas seriam as mais adequadas na produção de mudas. Na micropropagação in vitro os segmentos apicais apresentaram resultados significativamente superiores aos segmentos nodais e o uso de fitorreguladores Ácido naftalenoacético (ANA) (0,05 mg L-1) e Benzilaminopurina (BAP) (0,5 mg L-1) não foi significativo. As plantas regeneradas in vitro aclimatizadas não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos, sendo que a porcentagem de sobrevivência máxima (72,57%) ocorreu em plantas provenientes de segmentos apicais com meio acrescido de 0,05 mg L-1 de ANA e 0,5 mg L-1 de BAP. No teste Allium cepa foi observado que o índice mitótico é superior em células de A. cepa submetidas aos extratos de folhas do campo (5 g L-1) e extrato de folhas da estaquia (20 g L-1), não diferindo do controle negativo em água destilada. Os demais tratamentos apresentaram potencial anti-proliferativo com a redução do índice mitótico, não diferindo do controle positivo em glifosato 5%. Apenas o extrato das folhas da casa de vegetação (20 g L-1) apresentou efeito genotóxico às células de A. cepa, onde o número de células com alterações cromossômicas não diferiu do controle positivo. Ocorreu atividade anti-mutagênica do extrato de folhas do Campus da UFSM (20 g L-1), sobre as células de A. cepa, submetidas à alteração em glifosato 5%, recuperando-se do efeito mutagênico. Quanto à quantificação dos metabólitos ocorreu maior concentração de polifenóis flavonoides e ácido clorogênico nas amostras coletadas do campo.