Viabilidade polínica, genotoxicidade, efeito antiproliferativo e compostos fenólicos de Peltodon longipes Kunth ex Benth. (Lamiaceae)
Fecha
2015-02-27Metadatos
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O Brasil possui um imenso potencial econômico relacionado a espécies medicinais nativas, por isso é de extrema importância a conservação da diversidade genética vegetal disponível. No entanto, a grande maioria dessas espécies não foi suficientemente estudada no que se refere ao seu potencial citotóxico e mutagênico. Dentre as plantas medicinais nativas do Brasil, ainda pouco estudadas, está Peltodon longipes Kunth ex Benth. (hortelã-do-campo) utilizada como estimulante, emenagoga, antiséptica e antinflamatória. Para potencializar a utilização dos recursos medicinais nativos de um país são indispensáveis estudos de caracterização do germoplasma das espécies e também propiciar que as mesmas sejam incluídas em um programa de melhoramento genético, além de otimizar o uso na medicina popular através de estudos de citotoxicidade e genotoxicidade. Dentro desse contexto, o objetivo deste estudo foi estimar a viabilidade polínica de P. longipes, avaliar a genotoxicidade dos extratos aquosos da espécie, bem como determinar os compostos fenólicos desses extratos por meio de análise cromatográfica. Para tanto, a viabilidade polínica de 15 acessos de P. longipes, coletados em cinco municípios do Rio Grande do Sul, Brasil, foi estimada a partir de três métodos colorímetros: orceína acética 2%, carmim acético 2% e reativo de Alexander. A genotoxicidade dos extratos aquosos de dois acessos, um de Santa Maria e outro de Tupanciretã (RS), foi determinada através do teste de Allium cepa L., enquanto a análise dos compostos fenólicos foi realizada por meio de cromatográfica líquida de alta eficiência. Dos 15 acessos de P. longipes, 13 apresentaram alta viabilidade polínica, com valores acima de 75% e os métodos utilizando carmim acético 2% e reativo de Alexander foram mais eficientes para a técnica na espécie. Todos os extratos de P. longipes demonstraram potencial antiproliferativo, embora o efeito tenha sido significativamente maior nos extratos do acesso de Tupanciretã. Esse acesso também apresentou maior quantidade de ácido rosmarínico e canferol, o que pode estar relacionado com os efeitos observados nesses extratos. Somente os extratos do acesso de Santa Maria demonstraram potencial genotóxico.