O plano experimental e a variação da heterogeneidade da área experimental na cultura do milho.
Abstract
Empresas públicas e privadas trabalham com melhoramento genético de milho no Brasil, gerando anualmente novas cultivares para serem recomendadas aos produtores. No Rio Grande do Sul, as cultivares, antes de serem recomendadas
aos produtores, são avaliados em ensaios estaduais e indicados. Esses ensaios possuem baixa precisão experimental, esta é avaliada pela magnitude do erro
experimental, que é influenciado por diversos fatores dentre eles a heterogeneidade da área em que são instalados os experimentos. Assim, o objetivo desse trabalho foi
analisar algumas características do plano experimental dos ensaios de competição de cultivares de milho, visando a melhoria de sua qualidade. Para tanto, foi analisado a classe de maior freqüência do coeficiente de heterogeneidade da área
experimental dos ensaios e a sua conseqüência sobre a precisão experimental; e, determinar o número de repetições e tamanho de parcela para os ensaios. Foram utilizados 97 ensaios de competição de cultivares de milho nos anos de 2002 a 2005 de diferentes locais do Estado. O delineamento experimental para todos os locais foi de blocos ao acaso, contendo três repetições, e tamanho de parcela constituído por duas fileiras de cinco metros, espaçadas 80 cm entre si. Dos 97 ensaios, em 40 (41,2%), o uso do delineamento foi eficiente; em 85% dos ensaios, os valores de b foram maior do que 0,3 nos anos, locais e ou em ambos. Em 14 ensaios (14,4%), os valores de b estão contidos na classe b ≤ 0,3; em 53 (54,6%), na classe b ≥ 0,7; e, em 30 casos (30,9%), na classe 0,3 < b < 0,7. Sendo assim, existe a necessidade de
se adequar o plano experimental com relação ao delineamento, número de repetições e tamanho de parcela para cada local avaliado.