Ganho genético para produtividade de grãos de milho na região sul do Brasil
Abstract
Os objetivos deste trabalho foram calcular o ganho genético de produtividade de grãos de milho na região Sul do Brasil e calcular o ganho genético em duas classes de altitude. As metodologias utilizadas foram a de Vencovsky et al. (1988), baseada em modelos lineares com inferência por mínimos quadrados (ML/MQ) e a de Borges et al. (2009), baseada em modelos mistos com inferência por verossimilhança residual (MM/REML). Foi utilizada uma base de dados com 30.292 observações de produtividade de grãos de milho, resultantes de 135 genótipos avaliados em 2.826 ensaios conduzidos em 13 anos, de 2001 a 2013, sendo o ano referente à data de semeadura do ensaio. Para a estratificação dos ensaios, com o objetivo de formar classes de altitude, utilizou-se como critério da altitude, inferior e superior a 700m. Pela metodologia de ML/MQ o ganho genético médio anual foi de 121 kg ha-1 ano-1 com intervalo de confiança a 95% de [11;232] kg ha-1.ano-1, e pela metodologia de MM/REML foi de 79 kg ha-1 ano-1 com intervalo de confiança a 95% de [70;98] kg ha-1 ano-1, para a região sul do Brasil. Em altitude superior a 700 m, o ganho genético foi de 94 kg ha-1 ano-1 e em altitude inferior a 700 m o ganho genético foi de 74 kg ha-1 ano-1. A metodologia MM/REML proporcionou intervalos de confiança mais precisos e valores de ganho genético inferiores quando comparada à metodologia de ML/MQ. Em todas as situações analisadas o ganho genético foi positivo, e significativo entre os anos de 2001 a 2013.