Resposta da soja à aplicação de nitrogênio em sistemas de implantação em ambiente de várzea e modificações anatômicas em condições de hipoxia
Fecha
2015-02-28Metadatos
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A cultura da soja vem ganhando espaço nas áreas de várzea. Onde antes só havia o cultivo de arroz, cresce o interesse pela soja devido às dificuldades crescentes em relação ao controle de plantas daninhas e ao interesse pela diversificação de culturas. Porém, o manejo utilizado e as características naturais das áreas de várzea para o cultivo de arroz tornam difícil a drenagem. Em vista do cultivo de uma plantas em presença de lâmina de água, como a soja, é necessário que hajam algumas mudanças de manejo para beneficiar o estabelecimento e desenvolvimento da cultura. No primeiro experimento utilizou-se a cultivar TECIRGA 6070 RR e testou-se diferentes momentos de aplicação de nitrogênio (N) em cobertura, com o objetivo de fornecer à cultura o suprimento de N para auxiliar a fixação biológica de nitrogênio, que em ambientes saturados pode ser prejudicada. Também testou-se dois mecanismos de semeadura, o disco duplo e um mecanismo que rompe parte da camada compactada utilizando haste sulcadora, presente nos solos de várzea. Não houve diferença entre tratamentos de aplicações de N, possivelmente devido a não haver estresses hídricos. Porém para diferentes mecanismos houve diferença no desenvolvimento das plantas e na produtividade, destacando-se o mecanismo rompedor com haste sulcadora. O segundo experimento foi realizado em casa de vegetação utilizando também a cultivar TECIRGA 6070 RR, com o objetivo de mensurar modificações anatômicas e seus possíveis benefícios diante de diferentes tempos de saturação em diferentes estádios vegetativos. Os aerênquimas foram desenvolvidos no hipocótilo e raiz, os quais foram utilizados como mecanismo de sobrevivência pela planta quando o solo foi saturado no estádio VC-V1 durante seis dias, juntamente às raízes adventícias. No estádio V6 os aerênquimas apresentaram maior desenvolvimento, mas devido à fragilidade do tecido e resistência do solo, houve o rompimento dos canais de condução de ar atmosférico, formados pelos aerênquimas. Este rompimento ocorreu entre o hipocótilo e raiz, sendo inundado por água e cessando a condução de ar para pelos canais para as raízes submersas. Nesse estádio a planta teve a sua sobrevivência apenas com o auxílio das raízes adventícias, formadas no hipocótilo da planta.