Co-inoculação e pré-inoculação de sementes em soja
Abstract
Novas tecnologias têm surgido para auxiliar o agricultor no processo de inoculação, como é o caso da pré-incoulação (inoculação antecipada) possibilitada pelo uso de osmoprotetores. Na busca por produtividades superiores, o tipo de inoculação e o manejo com fertilizante nitrogenado também precisam ser melhor esclarecidos. No presente trabalho, foram conduzidos dois experimentos para avaliar o desempenho agronômico de duas estratégias de inoculação com bactérias do gênero Bradyrhizobium isoladamente (inoculação convencional) ou combinadas com Azospirillum brasilense (co-inoculação). O primeiro experimento, testou a pré-inoculação (0, 7 e 10 dias anteriores à semeadura). O segundo experimento, testou à resposta ao fornecimento de ureia (0, 75 e 150 kg de N ha-1) fracionado em dois momentos do estádio de desenvolvimento de três cultivares de soja (BMX Ativa RR, TEC 6029 IPRO e BMX Potência RR). Avaliou-se os componentes da nodulação, morfofisiológicos e da produtividade de grãos nas condições edafoclimáticas de Santa Maria. A co-inoculação e a inoculação convencional, ambas acrescidas do osmoprotetor, apresentaram acréscimos na produção de grãos em relação ao tratamento não inoculado de 31 e 25%, respectivamente. Com sete dias anteriores à semeadura, o uso do osmoprotetor para os dois tipos de inoculação, não diferiu estatisticamente dos demais tratamentos inoculados no mesmo dia da semeadura. A co-inoculação proporcionou incremento na produtividade de grãos de 240 kg ha-1 quando comparado à inoculação convencional. Os cultivares BMX Ativa, TEC 6029 e BMX Potência quando co-inoculadas apresentaram incrementos na produtividade de 6, 4 e 12% respectivamente. Com a adição de 150 kg de N ha-1, os dois cultivares indeterminados apresentaram incremento na produtividade de 300 kg ha-1, porém, sem retorno econômico. Os cultivares testados quando inoculados convencionalmente não respondem positivamente à aplicação de ureia. Portanto, esses resultados confirmam a eficácia do uso de osmoprotetores e co-inoculação de sementes e o baixo retorno econômico proporcionado pelo uso de fertilizante nitrogenado. Enfatiza-se o uso de substâncias de ativação e proteção para os rizóbios na formulação de inoculantes, assim como, mais estudos quanto a eficiência da co-inoculação com rizobactérias promotoras de crescimento de plantas para obtenção de maiores produtividades.