Etiologia e controle biológico da doença pé-preto da videira
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Data
2014-01-24Segundo membro da banca
Rego, Maria Cecilia Nunes Farinha
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A videira é uma das principais frutíferas cultivadas no mundo, sendo que diversos fatores podem afetar seu potencial de rendimento e longevidade, incluindo o ataque de patógenos. A partir da década de 90, a doença pé-preto da videira começou a preocupar viticultores e técnicos em várias locais do planeta onde a cultura é cultivada. Desde 1999, vem sendo observadas plantas com sintomas da doença no Brasil. Porém, pouco se conhece sobre essa enfermidade na região sul do país. Assim, este trabalho objetivou: 1) caracterizar isolados de Ilyonectria spp. e Campylocarpon pseudofasciculare associados à doença pé-preto, bem como estudar sua patogenicidade e 2) avaliar Bacillus subtilis e Trichoderma spp. no controle in vitro e in vivo de Ilyonectria macrodidyma. Para isso, plantas sintomáticas foram coletadas em vinhedos georreferenciados do Rio Grande do Sul. Isolamento do patógeno se deu a partir de fragmentos necrosados de raízes e colo para posteriores estudos de etiologia e patogenicidade. Foram realizados testes in vitro (metabólitos voláteis e pareamento de culturas) e in vivo (Vitis vinifera cv. Merlot enxertada em Paulsen 1103) para avaliar a eficiência de Bacillus subtilis e Trichoderma spp., obtidos de diferentes produtos comerciais no controle de Ilyonectria macrodidyma. O estudo de caracterização morfológica e análise multi-gene de três regiões (ITS, β-tubulina e histona H3) confirmaram a existência de Ilyonectria macrodidyma, Ilyonectria robusta, Cylindrocarpon pauciseptatum e Campylocarpon pseudofasciculare associados à doença pé-preto. Todos os 20 isolados foram patogênicos a Vitis labrusca cv. Bordô, resultando em redução de massa de raízes e parte aérea, necrose no colo e raízes, lesões vasculares, murchamento de parte aérea e morte de plantas. Bacillus subtilis e Trichoderma spp. foram eficazes na inibição do crescimento micelial de I. macrodidyma através de testes de metabólitos voláteis e pareamento de culturas.