Transhabitat: topologias transorgânicas em arte e tecnologia
Resumo
A pesquisa poética Transhabitat propõe outros modos comunicativos de habitar no contexto da Arte e Tecnologia. Com a realização de instalações interativas, problematiza-se a definição de topologia a partir dos conceitos de cíbrido , proposto por Peter Anders (1997), e de transorgânico , apresentado por Di Felice (2009). Nos ambientes transorgânicos construídos, as configurações espaciais se estabelecem através de fluxos informacionais e conexões híbridas do espaço físico e do ciberespaço, também denominadas informações cíbridas, aos quais o observador-interator conecta-se autopoieticamente. Essas topologias são visíveis em diagramas eventuais, processos de virtualização e de atualização das superfícies do espaço, e provêm das interações entre dados de sistemas complexos em diversas escalas, resultando em imagens interativas, que conectam o indivíduo aos hábitats transorgânicos através de ações locais interconectadas em rede. As topologias generativas propostas nessa pesquisa, por se constituirem de camadas de padrões dinâmicos e superfícies trasmutáveis, geram expansões espaciais com a adição de movimentos e tempos possíveis num hiperespaço, onde os indivíduos interagem em tempo real com os hábitats propostos. Desse modo, Transhabitat é constituído de habitats transorgânicos, interativos e conectados, que visam provocar hibridizações espaciais em relações cíbridas, entre indivíduos e ambientes, em um organismo de dados e informações em fluxo Interatividade.