Aspectos da biologia de parasitóides hymenoptera e diptera associados à Brassolis astyra Godart, 1824 e a Opsiphanes invirae amplificatus Stichel (1904) (Lepidoptera: Morphinae)
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2008-03-28Metadatos
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Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo que visa efetuar levantamentos, revisar, descrever,
divulgar a taxonomia e auxiliar na sistemática com a publicação de ilustrações da morfologia das espécies de
parasitóides ocorrentes no Rio Grande do Sul. Neste estudo são analisados dados relacionados á bionomia de
Brassolis astyra Godart, 1824 e Opsiphanes invirae amplificatus Stichel (1904) e dos parasitóides associados,
com base em observações e coletas em quatro localidades do estado do Rio Grande do Sul: São Martinho da
Serra (SMS), Tupanciretã (TP), Santa Maria (SM) e bairro Camobi - Berleze (BE). Em Brassolis astyra os
parâmetros analisados foram: biometria das posturas, longevidade média das pupas, taxa média de emergência de
adultos, massa das pupas e dos adultos, volume das pupas, e morfometria das pupas e das asas a partir de marcos
anatômicos. Dos ovos coletados em Tupanciretã (TP), área urbana, 46 % eclodiram, 43 % foram parasitados e
11% malograram. Entretanto, dos ovos coletados em São Martinho da Serra (SMS), área natural, 4% eclodiram,
95% foram parasitados e 1% malograram. Com base nos adultos emergidos a partir das pupas, verificou-se que
77% dos machos e das fêmeas apresentaram uma morfologia normal (viável) e 23% eram malformadas. Neste
estudo foi registrada Xanthozona melanopyga (Wiedmann, 1830) (Díptera: Tachinidae), parasita de pupas de
Brassolis astyra. Em Opsiphanes invirae amplificatus os parasitóides observados foram: Conura maculata
(Fabricius, 1787) e Cotesia alius (Muesebeck, 1958) (Hymenoptera: Braconidae: Microgastrinae). Conura
maculata, parasitóide de pupas, é o primeiro registro para o Rio Grande do Sul. São apresentados dados sobre o
tempo de emergência, longevidade dos adultos e proporção sexual. Apresentada, também, uma descrição
ilustrada das principais características morfológicas externas da espécie. Cotesia alius, parasitóide de larvas é,
também, primeiro registro para o estado do Rio Grande do Sul. Neste estudo são apresentados dados sobre o
número de casulos e número médio de casulos por postura e dados sobre o tempo e emergência, longevidade dos
adultos e proporção sexual. Além destas duas espécies, foram observadas quatro espécies de Eulophidae
hiperparasitando casulos de C. alius: Horismenus opsiphanis Schrottky, 1909 e Horismenus sp. (Entedoninae),
espécie nova, segundo Dr. Christer Hansson (Lund University, Suécia) e, ainda, Oomyzus Sokolowskii
Kurdjumov, 1912 e Aprostocetus sp. (Tetrastichinae), que segundo Dr. John La Salle (Commonwe a l th
Sc i ent i f i c and Indus t r i a l Re s e a r ch Organi s a t ion, Aus t r á l i a ) pode s er t ambém uma nova
e spé ci e . São apresentadas diagnoses de todos os Hymenopteros e Dipteros coletados, incluindo as espécies
novas.