Mineralogia e liberação de potássio em solos de várzea do Rio Grande do Sul
Fecha
2010-04-09Metadatos
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A cultura do arroz irrigado por alagamento no Rio Grande do Sul (RS) nem sempre responde à aplicação de potássio (K), mesmo quando o solo se encontra com teor disponível considerado baixo ou médio. Outras formas de K não estimadas pelo método de análise (Mehlich-1) podem estar contribuindo para o suprimento às plantas. O objetivo desse trabalho foi estudar a mineralogia e o potencial de liberação de K em solos de várzea do RS. O experimento foi desenvolvido em laboratório, sendo utilizadas amostras de 15 solos de várzea de 13 municípios do RS produtores de arroz irrigado por alagamento. Nos solos foi realizada a extração de K pelos métodos: acetato de amônio, tetrafenil borato de sódio - NaTFB e ácido fluorídrico HF. Em algumas amostras,
selecionadas pelo teor de K extraído por HF (K total), os minerais presentes nesses solos foram identificados por meio de análise de difração de raios-X (DRX). Para avaliação do potencial de liberação de K não trocável foi usado o NaTFB com intervalos de tempo de 1 até 96 horas de contato solo/solução extratora. Da mesma forma, foi usado a DRX para verificar possível alteração da mineralogia após o contato do NaTFB com o solo. Houve grande variação dos teores de K total entre os solos de várzea do RS, assim como nos teores de K não trocável extraídos nos diferentes intervalos de
tempo, com provável reflexo na disponibilidade às plantas. Os solos que continham teores baixos ou médios de K total apresentaram argilominerais semelhantes e sem K na estrutura, enquanto os que continham altos teores de K total apresentaram reflexos de ilita. Nos solos de Santa Maria e Caçapava do Sul, os quais continham alto K não trocável, a mineralogia da fração argila foi afetada pelo extrator NaTFB com 24 horas de contato.