Caracterização do leite ovino em função do período de lactação
Fecha
2012-02-15Metadatos
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O leite de ovelha é produzido no Brasil principalmente nas regiões Sul e Sudeste e,
por apresentar maior teor de sólidos do que o leite de vaca, geralmente é
processado em derivados lácteos, especialmente queijos e iogurtes. Neste sentido,
o reduzido número de trabalhos realizados na área, associado à carência de
informações científicas relacionadas aos produtos lácteos oriundos da ovinocultura
estimularam a realização do presente trabalho com o objetivo de avaliar a
composição físico-química e, determinar e analisar o teor dos elementos minerais e
o perfil de ácidos graxos do leite de ovelhas, em relação ao período de lactação.
Foram utilizados dois tratamentos, leite de ovelhas ½ sangue Lacaune e o leite de
ovelhas cruza Ile de France x Texel, sendo estas ordenhadas da 1ª a 10ª semana de
lactação. Com avanço no período de lactação, ovelhas ½ sangue e cruza
apresentaram aumento no teor de gordura, com 7,37 e 6,47 % na primeira semana
passando a 7,54 e 7,62 % na última semana, respectivamente. Os valores
encontrados de proteína foram de 4,75 % para as ovelhas ½ sangue Lacaune e 4,97
% para as cruzas Ile de France x Texel no início da lactação chegando a décima
semana com valores de 4,67 e 4,61 %, respectivamente. Há maior concentração de
ácidos graxos saturados para as ovelhas cruza Ile de France x Texel com valores
oscilando entre 67,09 e 74,65 %. Com relação às concentrações de ácidos graxos
mono e poliinsaturados observa-se superioridade para ovelhas ½ sangue Lacaune,
com valores de ácidos graxos monoinsaturados variando entre 22,50 a 28,59 % e
poliinsaturados de 4,57 a 5,20%. Os elementos minerais Ca, S, P, Mg, K e Na
presentes no leite ovino, não apresentaram um padrão de variação durante o
período de lactação avaliado para ambos grupos genéticos. O teor de cálcio foi
superior para o leite das ovelhas ½ sangue Lacaune, demonstrando uma variação
entre 131,63 a 218,49 mg/100mL. A quantidade de P obtida no leite ovino foi menor
que a de Ca, onde ovelhas ½ sangue Lacaune apresentaram valores superiores,
apresentando o mesmo comportamento que o elemento Ca. O teor de Na e K
apresentou-se mais elevado no leite das ovelhas ½ sangue Lacaune, não diferindo
significativamente na quarta e quinta semana para os dois grupos genéticos
avaliados, da mesma forma que o potássio também não diferiu na terceira semana
de lactação. De forma semelhante aos demais minerais, os teores de S e Mg foram
menores para as ovelhas cruza Ile de France x Texel.