Utilização de lactobacillus paracasei como probiotico para o controle de Salmonella spp em frangos de corte
Fecha
2006-02-17Metadatos
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A avicultura comercial tem como objetivo obter alta produtividade a baixo custo e oferecer ao consumidor produto de qualidade. Uma bactéria patogênica que tem preocupado o setor avícola nos últimos tempos é a Salmonela. Para controlar esta bactéria, foi proposto neste trabalho o Lactobacillus paracasei, usado como probiótico. O Lactobacillus paracasei poderá ser uma alternativa saudável para o uso indiscriminado de antibióticos, proibido para exportação. O presente trabalho foi realizado no Biotério da Medicina Veterinária Preventiva da Universidade Federal de Santa Maria RS. Foram utilizados pintos comerciais de corte com um dia de idade, mantidos em gaiolas de arame, sob aquecimento. Para alimentação foi fornecida ração não medicada e água. Os tratamentos foram realizados no primeiro dia de vida das aves. Administrou-se probiótico por pulverização e na água de bebida, e salmonela por inoculação endoesofágica e probiótico na água de bebida. A pulverização foi realizada com auxílio de pulverizador manual. A inoculação via endoesofágica foi realizada com auxílio de uma sonda e seringa graduada de 1ml, com 0,1ml da cultura de Salmonella Enteritidis para cada pintos. Para a pulverização e para a água de bebida, o inóculo continha 1010 UFC/ml, de Lactobacillus paracasei e para a via endoesofágica 103 UFC/ml, de Salmonella Enteritidis. Foram utilizados três grupos de 20 pintos, assim distribuídos: Lote 1- Controle; Lote 2 pulverização e adição de probiótico na água de bebida; Lote 3 - adição de probiótico na água de bebida e inoculação de Salmonella Enteritidis; A cada semana três pintos de cada lote eram retirados de cada grupo para pesagem, sacrifício e colheta do material. A presença nas fezes e a colonização dos cecos de pintos de corte por Salmonella Enteritidis foi acentuadamente reduzida nos grupos tratados com Lactobacillus paracasei (L2) por pulverização e adição na água de bebida. Com isso podemos constatar que o uso de probióticos inibe ou reduz o desenvolvimento de salmonela, no trato intestinal das aves, já que podemos constatar sua presença no Tratamento Controle (L1), em três amostras analisadas, ocorreu possivelmente devido à presença de bactérias na ração, água ou ambiente, onde as aves se encontravam. No tratamento com Adição de Lactobacillus paracasei na água de bebida + inoculação de Salmonella Enteritidis, verificamos três ausências de salmonela, no 0º; 32º; e 42º dias de tratamento. Nas amostras positivas para salmonela observamos lesões características no fígado, típica de contaminação por salmonela, esta atinge a corrente sanguínea, provavelmente de modo intracelular, e são removidas pelo fígado, baço ou medula óssea. Já no 32º e 42º ocorreram ausências de SE o que indica a capacidade inibitória do probiótico utilizado. Observamos que a inibição ocorre tardiamente. O ganho de peso do lote que recebeu Lactobacilllus paracasei pulverizado e na água de bebida (L2) não diferiu dos demais tratamentos. Como esse mesmo tratamento não acusou a presença de SE nas fezes, enquanto nos demais grupos tratados com probiótico os índices de SE nas fezes foram detectáveis, há indicação de que a presença de Salmonella Enteritidis não interfere decisivamente na produtividade de frangos de corte. Embora não tenha ocorrido variação significativa entre os grupos, em relação ao peso corporal, o grupo tratado com Lactobacillus paracasei pulverizado e na água de bebida (L2), apresentou melhor performance.