Expressão do antígeno A1: frequência em recém-nascidos
Fecha
2011-08-31Metadatos
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Dentro do sistema ABO existem diversos subgrupos sanguíneos: subgrupos A, subgrupos B e subgrupo H, sendo que os mais frequentemente encontrados na prática são os subgrupos A1, A2, A1B e A2B. As células de, aproximadamente, 80% da população adulta do grupo A são A1. Os 20% restantes são A2 ou subgrupos mais fracos. Porém, em recém-nascidos é muito escassa a literatura a respeito de dados quanto à frequência dos subgrupos de A . A maioria dos lactentes do grupo sanguíneo A parece apresentar-se como pertencente ao subgrupo A2, no nascimento, já que todos os antígenos ABO não estão completamente desenvolvidos neste período. Já a carência de ferro, generalizada nesse grupo etário, muitas vezes discutida pela comunidade científica, é relacionada à desproporção entre a expansão da massa eritróide e o ferro obtido da dieta. Por volta dos quatro meses de idade, os estoques de ferro estão reduzidos pela metade, e o ferro exógeno é necessário para manter a concentração de hemoglobina durante esta fase de rápido crescimento, entre quatro e 12 meses. Os objetivos deste trabalho foram determinar a frequência de recém-nascidos pertencentes aos subgrupos A1 e A2; identificar a frequência da expressão do antígeno A1, no período entre seis e 12 meses de idade, em lactentes inicialmente tipados como pertencentes ao subgrupo A2 e verificar os níveis de hemoglobina para a detecção de anemia nestas crianças. Os resultados mostraram que a frequência de recém-nascidos pertencentes ao subgrupo sanguíneo A1 foi de 67% (319) e para o subgrupo A2 foi de 33% (152), de um total de 471 recém-nascidos pertencentes ao grupo sanguíneo A. Constatou-se uma grande predominância do subgrupo A1, contrariando a literatura que relata a prevalência de subgrupo A2 em recém-nascidos. Em relação à identificação da frequência da expressão do antígeno A1, no período entre seis e 12 meses de idade (n=40), a porcentagem de crianças que passaram a expressar o antígeno A1, depois de estarem com seis meses a um ano de idade foi de 67,5% (27), o restante permaneceu como A2 (13). A verificação dos níveis de hemoglobina nestas crianças (n=71), através do método da cianometa-hemoglobina, resultou em 34% de crianças anêmicas, apontando a presença de anemia para essa faixa etária. Os índices encontrados variaram de 6,56g/dl a 10,8g/dl. Assim, em relação à expressão do antígeno A1 entre seis e 12 meses de idade são necessários mais estudos; e, para a prevalência da anemia é necessário enfatizar, nos programas de saúde pública, medidas de intervenção mais eficazes e controle desse distúrbio nutricional.