Avaliação de marcadores inflamatórios e antígenos ABO em pacientes com diagnóstico de câncer de próstata
Resumo
O câncer de próstata (CaP) é uma doença que acomete homens e tornou-se a
primeira causa de morte por câncer no Brasil. A carcinogênese vem sendo
relacionada à presença de processo inflamatório local e também à perda de
antígenos eritrocitários nas células neoplásicas. O objetivo do trabalho foi avaliar o
envolvimento do processo inflamatório e a expressão dos antígenos A e B em
pacientes com CaP. Foi realizada dosagem sorológica do antígeno prostático
específico (PSA), da proteína C reativa (PCR) e da albumina modificada pela
isquemia (IMA) em pacientes saudáveis e em pacientes com alterações neoplásica
ou hiperplásica prostática. Os valores de PSA mostraram-se crescentes na
comparação dos pacientes saudáveis (1,13 ng/ml), com HBP (18, 69 ng/ml) e com
CaP (134, 68 ng/ml). A IMA apresentou valores em unidade de absorbância acima
de 0,400 apenas nos pacientes com HBP, sendo que os grupos sanguíneos O e AB
apresentaram as maiores médias. Os valores médios da PCR não ultrapassaram o
valor de referência de 5 mg/l nos grupos estudados. Não houve diferença
significativa na avaliação de cada variável (PSA, PCR e IMA) em relação à tipagem
sanguínea ABO dos pacientes. O processo neoplásico prostático mostrou anular a
expressão dos antígenos A e B nas células afetadas. A característica inflamatória
mostrou-se branda nas alterações prostáticas estudadas, não ultrapassando o valor
de referência. A IMA atuou como um marcador de estresse oxidativo, sendo que os
pacientes com HBP mostraram valor médio acima de 0,400 UABS. Tal diagnóstico
prostático é útil ser considerado quando a IMA está sendo usada como marcador de
isquemia cardíaca. O grupo sanguíneo ABO dos pacientes não mostrou diferença
significativa nas determinações de PSA, PCR e IMA.