Comparação de metodologias para detecção da resistência à meticilina em Staphylococcus aureus
Resumo
Staphylococcus aureus é considerado como um microrganismo pertencente à microbiota normal dos seres humanos, podendo ser tanto um colonizador como um patógeno infeccioso. Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) emergiu como uma das principais causas de infecções nosocomiais e comunitárias. O elevado aumento na resistência a diferentes antimicrobianos tem limitado as opções terapêuticas. Assim, a realização adequada de testes de sensibilidade a essas drogas é vital para garantir o adequado tratamento dessas infecções, e o emprego de metodologias capazes de detectar esta resistência de forma rápida e precisa, torna-se imprescindível no diagnóstico clínico. O objetivo desse estudo foi comparar métodos fenotípicos manual e automatizado com o genotípico, baseado na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), para detectar cepas MRSA. Um total de 139 amostras de S. aureus foram analisadas por meio de métodos fenotípicos manuais e automatizado e comparadas com a determinação do gene mecA por PCR. De um total de 139 amostras, 37 (26,6%) apresentaram o gene pesquisado. O disco de oxacilina apresentou sensibilidade de 62,2% e especificidade de 95,1%, enquanto que para o disco de cefoxitina estes parâmetros foram 67,6% e 94,1%, respectivamente. O método automatizado foi o que obteve as maiores percentagens de sensibilidade (67,6%) e especificidade (96,1%). Algumas divergências foram observadas quando comparamos os métodos fenotípicos com a PCR. A combinação de metodologias pode ser considerada como uma alternativa eficiente no diagnóstico de infecções causadas por MRSA.