Resistência à fratura de pilares de próteses fixas restaurados com núcleo direto e indireto em mandíbulas de suínos
Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar a resistência à fratura de pilares de próteses parciais fixas (PPFS) restaurados com núcleo em dentina, com pino de fibra de vidro e resina composta e com núcleo metálico fundido; analisar o tipo de fratura (reparável ou irreparável) e verificar a sua relação com o tipo de núcleo utilizado. Foram utilizados 15 blocos ósseos extraídos da mandíbula de suínos adultos, com 1º, 2º e 3º molares, que constituíram os pilares para a PPF. Os espécimes foram divididos em 3 grupos (GR) experimentais: GR I - (controle) núcleo em dentina, GR II - núcleo metálico fundido (NMF) em liga não preciosa Cu-Al (NPG, Aalbadent, USA) e GR III - pino de fibra de vidro - PFV (White post DC, FGM, BRA) e resina composta - RC (Opallis, FGM, BRA). A padronização coronária dos núcleos foi realizada através de uma matriz de acetato obtida a partir do preparo do GR I. A cimentação dos retentores intrarradiculares foi realizada com cimento resinoso autoadesivo dual (Relyx U100, 3MESPE, USA). Infraestruturas para PPFs de 4 elementos foram enceradas, a partir de uma matriz de acetato para padronização de dimensão e formato, fundidas em liga não preciosa Ni-Cr (Wironia light, Wilcos, BRA) e cimentadas com cimento resinoso autoadesivo dual (Relyx U100, 3MESPE, USA). Posteriormente, os blocos ósseos foram embutidos em resina acrílica autopolimerizável e submetidos ao ensaio de compressão em máquina de ensaio universal até a fratura. As fraturas foram classificadas como reparáveis (acima ou ao nível da crista óssea) ou irreparáveis (abaixo da crista óssea), após análise por estereomicroscópio e tomografias computadorizadas. Foram aplicados os testes Análise de Variância e Teste Exato de Fisher (p<0,05) para análise estatística. Para a variável resistência à fratura, não foi observada diferença estatística entre os núcleos testados (p=0,113), tanto no GR I quanto no GR III, 100% das fraturas foram reparáveis e no GR II, 80% das fraturas foram irreparáveis. Foi verificada associação entre tipo de fratura e o tipo de núcleo utilizado (p=0,011). Concluiu-se que o tipo de núcleo utilizado não influencia a resistência à fratura dos dentes pilares, entretanto influencia o tipo de fratura gerado.