Efeito da instrumentação endodôntica, do tipo de retentor intrarradicular e da ciclagem mecânica na resistência à fratura de raízes
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da estratégia de preparo radicular, do tipo de pino e da ciclagem mecânica na resistência à fratura de raízes. Métodos: 80 raízes unirradiculares humanas foram divididas em 8 grupos (n=10): G1 e G2- lima manual, retentor de fibra de vidro (RFV), sem e com ciclagem mecânica (CM) respectivamente; G3 e G4- lima manual, retentor metálico fundido (RMF), sem e com CM respectivamente; G5 e G6- instrumento rotatório, RFV, sem e com CM respectivamente; G7 e G8- instrumento rotatório, RMF, sem e com CM respectivamente. A obturação foi realizada pela técnica da condensação lateral. Todos canais radiculares foram preparados para pino em 10 mm com a broca de preparo do sistema de pinos de fibra de vidro #2. Para a ciclagem, seguiu-se o protocolo: angulação 45°, 37 °C, 88 N, 4 Hz, 2 milhões de pulsos. Todos os grupos foram submetidos ao teste de resistência à fratura, em um dispositivo a 45º a uma velocidade de 0.05 cm/min até a falha ocorrer. A análise de variância 3 fatores mostrou que a estratégia de instrumentação (p<0,03) e o tipo de pino (p<0,0001) tiveram efeitos significativos, mas a ciclagem mecânica não (p<0,29). O tipo de instrumentação causou efeito na resistência à fratura, somente quando as raízes foram restauradas com pinos de fibra de vidro e cicladas, com prejuízo para a instrumentação manual. Os retentores metálicos fundidos proporcionaram maior resistência à fratura, contudo apresentaram mais falhas irreparáveis do que raízes restauradas com pino de fibra.