Indução de citotoxicidade, estresse oxidativo e genotoxicidade por pastas obturadoras para dentes decíduos
Fecha
2014-08-05Metadatos
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A terapia pulpar em dentes decíduos requer como complemento ao preparo químico-mecânico, pastas obturadoras capazes de manter o poder antimicrobiano, ajudando na sanificação do canal radicular. Por estabelecerem íntimo contato com os tecidos dentários, é imprescindível a realização de testes de biocompatibilidade que atestem a segurança desses produtos para aplicação clínica. O objetivo desse estudo foi avaliar a capacidade de quatro pastas iodoformadas, três pastas de hidróxido de cálcio, e seus principais componentes, em causar citotoxicidade, estresse oxidativo e genotoxicidade in vitro. Células mononucleares de sangue periférico e DNA purificado de timo de bezerro (teste GEMO) foram expostos a extratos desses produtos. O ensaio MTT avaliou a citotoxicidade. A geração de espécies reativas de oxigênio foi avaliada pelo teste DCFH-DA, e a peroxidação lipídica pelo ensaio TBARS. A genotoxicidade foi avaliada pelo Ensaio Cometa Alcalino e GEMO. Todos os testes foram realizados em 24 e 72 horas, exceto o GEMO. Após teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov, os resultados foram analisados por Kruskal-Wallis e Dunn, ANOVA e Dunnet, com p<0,05. No MTT, as pastas Clorexidina, Maxitrol®, Sulfato de Neomicina+Bacitracina, os componentes clorexidina, PMCC e o propilenoglicol diminuiram a viabilidade celular em 24h. Em 72h, nenhum produto provocou diminuição da viabilidade celular e lipoperoxidação. A lipoperoxidação foi causada por pastas de hidróxido de cálcio, o hidróxido de cálcio e o iodofórmio em 24h. O aumento das ERO foi provocado pelas pastas Clorexidina, Guedes-Pinto, e pastas de hidróxido de cálcio,além dos produtos clorexidina, Sulfato de Neomicina+Bacitracina, PMCC, iodofórmio e hidróxido de cálcio em 24h, e pelo propilenoglicol, pastas iodoformadas e seus componentes, com exceção do iodofórmio, em 72h. No ensaio cometa, nenhuma pasta iodoformada danificou o DNA em ambos os tempos experimentais. Enquanto no GEMO, a pasta clorexidina mostrou efeito genotóxico. As pastas à base de hidróxido de cálcio e o hidróxido de cálcio causaram danos ao DNA nos dois ensaios. Concluiu-se que as pastas e componentes avaliados variaram quanto à capacidade de indução de citotoxicidade, extresse oxidativo e genotoxicidade. As pastas Guedes-Pinto, Maxitrol® e Sulfato de Neomicina+Bacitracina apresentaram melhor desempenho quanto à biocompatibilidade in vitro.