Biodiversidade, tecnologia e sociedade: o direito à informação ambiental sustentável como possibilidade emancipatória na proteção dos conhecimentos tradicionais
Resumo
Este trabalho pretende analisar a relação entre as temáticas da biodiversidade,
tecnologia e sociedade buscando evidenciar a importância do direito à informação
ambiental sustentável como possibilidade emancipatória na proteção dos
conhecimentos dos povos tradicionais. Ainda, abordar a temática da biodiversidade
percebendo-a como construção multidisciplinar, buscando assim, um repensar
reflexivo sobre a temática. Além de propor alternativas para a pretendida
emancipação dos povos tradicionais através da reapropriação social do saber. O
trabalho busca resolver o seguinte problema de pesquisa: Quais os limites e
possibilidades para se garantir a emancipação dos povos tradicionais e a proteção
de seus conhecimentos através do direito à informação ambiental sustentável no
cenário ecológico da contemporaneidade? Para responder a esta questão, a
metodologia obedece ao trinômio: Teoria de Base; Procedimento e Técnica. Como
Abordagem utiliza-se a perspectiva sistêmico-complexa. Como Teoria de Base a
pesquisa valeu-se de autores que perpassam por uma perspectiva sistêmica
desenvolvendo neste trabalho a comunicação entre os sistemas político e
econômico, com Aníbal Quijano, e a análise da informação ambiental com Paulo
Affonso Leme Machado, já no viés da Complexidade e Complexidade Ambiental,
autores como Enrique Leff. O tipo de pesquisa a ser utilizada é a bibliográfica. Como
método de procedimento, na pesquisa em tela foi utilizado a análise bibliográfica e
documental. Como técnica de coleta de dados optou-se pela produção de
fichamentos e resumos estendidos. Diante do exposto, conclui-se que, a informação
ambiental sustentável é instrumento essencial para que exista a possibilidade de
emancipação dos povos tradicionais e a proteção de seus saberes; as alternativas
para que a reapropriação do saber se concretize como meio de resistência e
empoderamento consiste em realizar de modo comunitário, ou seja, da comunidade
para a comunidade tradicional, a criação de bancos de saberes e protocolos
bioculturais comunitários. Estas alternativas atuariam como ferramentas protetivas
do saber tradicional, da cultura e do direito a diferença dos povos e comunidades
tradicionais.