Adaptação de próteses auditivas em crianças e adolescentes do programa de atenção à saúde auditiva da UFSM
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Date
2010-03-04Primeiro membro da banca
Bortholuzzi, Sônia Maria Fighera
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OBJETIVOS: analisar o perfil de crianças e jovens, usuários de próteses auditivas, atendidos no programa de atenção à saúde auditiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), verificar aspectos relacionados ao uso da prótese auditiva, manutenção e acompanhamento terapêutico, bem como, avaliar o benefício proporcionado pela amplificação sonora neste grupo de estudo. MATERIAL E MÉTODO: participaram deste estudo 70 indivíduos com idade entre 03 e 18 anos e seus familiares, aos quais foi aplicada uma anamnese contendo questões referentes às condições socioeconômicas destes; ao desenvolvimento e desempenho escolar do paciente; ao uso e manutenção das próteses auditivas; ao uso de recursos da comunidade para terapia fonoaudiológica e ao acesso a especialistas; também, foram verificadas as condições técnicas das próteses auditivas. Para avaliar o benefício proporcionado pelas próteses auditivas foi aplicada para as crianças com menos de 04 anos a Escala de Integração Auditiva Significativa para Crianças Pequenas (IT-MAIS); para as crianças de 04 a 07 anos a Escala de Integração Auditiva Significativa (MAIS); e para os indivíduos de 08 a 14 anos o questionário de avaliação do benefício em crianças e jovens, proposto por Boscolo et al (2006). RESULTADOS: foram avaliados 6 pré-escolares (8,6%), 34 crianças (48,6%) e 30 adolescentes (42,9%). Observou-se que cerca de 40% dos indivíduos possuíam perda auditiva de grau profundo; 91,4% dos indivíduos possuíam famílias com renda de 1 a 3 salários mínimos; 80% dos indivíduos freqüentavam o ensino fundamental; 67,1 % dos pacientes possuíam desempenho escolar satisfatório; cerca de 80% dos indivíduos faziam uso efetivo da prótese auditiva; cerca de 20% dos indivíduos encontraram dificuldade de manutenção das próteses auditivas em seu município; 55,7% dos indivíduos recebiam tratamento fonoaudiológico, porém 44,3% não recebiam esse acompanhamento. Somente 1 indivíduo pôde ser avaliado através da escala IT-MAIS, o qual obteve a pontuação 0 (zero), indicando ausência dos comportamentos avaliados pela escala. A escala MAIS foi aplicada a 10 indivíduos, obtendo-se uma pontuação média de 19,9. Foram avaliados 52 indivíduos, através do questionário de avaliação do benefício em crianças e jovens, proposto por Boscolo et al. (2006), tendo sido verificado que em todos os itens analisados (ambiente doméstico, escolar e social), as respostas positivas, relacionadas à presença de benefício proporcionado pelas próteses, foram preponderantes CONCLUSÕES: Evidenciou-se que a maioria dos indivíduos situava-se na faixa etária dos 06 a 12 anos, possuíam perda auditiva do tipo neurossensorial de grau profundo, faziam parte de famílias de baixa renda e possuíam desempenho escolar satisfatório. Também verificou-se que, a maioria das crianças e jovens, fazia uso efetivo das próteses auditivas e o benefício proporcionado pela amplificação, pôde ser evidenciado em diferentes situações da vida diária, tanto pela ótica do paciente, quanto de sua família.