A comunicação entre fisioterapeutas e sujeitos com encefalopatia crônica não progressiva
Date
2011-03-04Metadata
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Este trabalho apresenta uma investigação sobre a forma de comunicação que o fisioterapeuta efetua durante a sessão com o sujeito com Encefalopatia Crônica Não Progressiva (ECNP) com oralidade restrita ou ausente. Para tal meta, foram
realizadas entrevistas com doze fisioterapeutas sobre a comunicação não verbal e, a seguir, sobre o uso da Comunicação Aumentativa Alternativa (CAA) na terapia com
cinco fisioterapeutas que conheciam e utilizaram esse recurso. Após a leitura inicial da coletânea das narrativas, verificou-se que todos os fisioterapeutas consideram
importante e realizam a comunicação não verbal, principalmente por meio da leitura de expressões corporais e faciais. Quanto ao uso da CAA, os cinco fisioterapeutas
do grupo amostral ressaltaram a importância desse recurso, embora somente um desses o utilize rotineiramente. Conclui-se que os fisioterapeutas procuram investir em uma comunicação não verbal e/ou CAA com o sujeito com ECNP que apresenta oralização restrita ou ausente e que tal investimento produz melhoras na interação e no vínculo com o sujeito em tratamento. Todavia, o aprendizado teórico e prático, tanto da comunicação não verbal quanto da CAA, apresenta-se falho e insuficiente na graduação de Fisioterapia. Esse fato pode ser considerado como uma das
causas do investimento precário na comunicação não verbal, assim como do desconhecimento ou do uso não rotineiro da CAA na terapia. Os resultados sugerem a necessidade de ultrapassar o modelo exclusivamente biomédico na formação do fisioterapeuta e de adotar uma formação que busque a humanização e a promoção de qualidade no atendimento fisioterápico.