A postura corporal e as funções estomatognáticas em crianças respiradoras orais de 8 e 9 anos
Fecha
2011-03-02Metadatos
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A influência da respiração oral no adequado desempenho das funções do sistema
estomatognático e sobre a postura corporal tem sido discutida no meio científico. A
respiração oral é uma condição patológica, cuja etiologia é multifatorial, podendo
estas serem subcategorizadas em obstrutivas/orgânicas e funcionais/viciosos. O
objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a postura corporal global e as
funções estomatognáticas em respiradores orais obstrutivos e funcionais. Para tanto,
avaliou-se 21 crianças, de 8 e 9 anos, 8 do sexo masculino e 13 do sexo feminino.
Realizou-se avaliação das estruturas e funções do sistema estomatognático; da
postura corporal, por meio da biofotogrametria digital, processada pelo software
SAPo® e otorrinolaringológica, através da rinoscopia e nasofibroscopia. Após os
dados do estudo serem processados e analisados, aplicou-se o Teste Qui-quadrado
ou de Fisher ou o de Mann-Withney, e o teste T de Student, com nível de
significância de 5% (p < 0,05). Também foram realizadas análises de agrupamento
ou cluster. A mastigação adequada, ou seja, bilateral alternada, foi mais observada
nos ROO (12,5%) em relação aos ROF (7,7%). Já o ruído na mastigação apresentou
freqüência elevada em ambos os grupos (ROF - 61,5%; ROO - 75%). Os ROOs
também apresentaram maior freqüência no que se refere ao ruído,e à alteração da
velocidade. Nas demais características atípicas o grupo de ROF obteve maior
freqüência, contudo nenhum dos resultados foi estatisticamente significante. Na
deglutição, tanto o padrão de normalidade quanto as características de atipia são
mais freqüentes nos ROF, com exceção do ruído que foi a única diferença estatística
observada nos ROOs. Nos dendogramas, na vista anterior e lateral, assim como na
biofotogrametria, a cabeça encontrou-se anteriorizada nos grupos. Pode-se verificar
a prevalência de desvio anterior da cabeça e a presença de movimentos cefálicos
nos RO durante a deglutição (p=0,016) e o maior tempo de mastigação (p=0,047).
Assim, não há diferença se o respirador oral é obstrutivo ou vicioso, quanto aos
efeitos nocivos no sistema estomatognático e à postura corporal, bem como pouca
relação significante ente postura e funções estomatognáticas. Apesar disso, julga-se
necessário que durante a avaliação das funções estomatognáticas seja levado em
conta o modo respiratório e a postura corporal de cada indivíduo, já que alguns
resultados mostraram-se estatisticamente significativos.