Eficácia da reabilitação fonoaudiológica na disfagia orofaríngea em pacientes pós-acidente vascular cerebral
Date
2013-08-23Metadata
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A reabilitação em disfagia orofaríngea baseada em evidências implica a relação entre as intervenções e os seus resultados. Objetivo: avaliar a eficácia da intervenção fonoaudiológica na deglutição de pacientes portadores de disfagia orofaríngea pós-AVC, analisar o grau de disfagia, o nível de ansiedade e o estado nutricional de pacientes portadores de disfagia orofaríngea pós-AVC, antes e após o tratamento fonoaudiológico. Método: estudo exploratório, transversal de caráter quantitativo. A amostra foi constituída por 12 pacientes, média de idade de 64,6 anos com diagnóstico médico de AVC hemorrágico e isquêmico e sem distúrbios cognitivos. Foi realizada a avaliação clínica da disfagia com o uso parcial do Protocolo de Avaliação do Risco para a Disfagia - PARD, aplicação da escala Funcional Oral Intake Scale for Dysphagia in Stroke Patients FOIS, avaliação videofluoroscópica da deglutição, questionário sobre a percepção da deglutição, aplicação da Escala de Ansiedade de Beck (BAI) e utilização da miniavaliação nutricional MNA®. Todos os exames foram aplicados pré e pós-terapia fonoaudiológica (15 sessões). Resultados: evolução estatisticamente significativa no grau de disfagia através da avaliação clínica (p=0,017) e da ingesta oral através da FOIS (p=0,003). Nas avaliações videofluoroscópica e da percepção da deglutição, não foram observados resultados estatisticamente significativos, porém foi possível verificar uma evolução em seus escores, 33% apresentaram deglutição funcional e 25% caracterizaram a deglutição com excelente após as sessões terapêuticas. Observou-se também, durante as avaliações pré-terapia fonoaudiológica, que 47,1% dos pacientes evidenciaram quadro de desnutrição, e 35,3% dos pacientes apresentaram o grau de ansiedade leve. Após as sessões terapêuticas, verificou-se que 16,7% estavam desnutridos, e 50% dos pacientes apresentaram grau mínimo de ansiedade. Conclusão: observou-se eficácia terapêutica nas disfagias orofaríngeas após AVC nesta amostra, evolução no nível de ingestão oral e no grau de disfagia, confirmado também pela videofluoroscopia. Em relação ao grau de ansiedade e ao estado nutricional desta amostra, verificou-se evolução considerável pós-procedimento terapêutico. Embora o número da amostra seja pequeno, o progresso obtido em todas variáveis demonstra a importância da utilização de um programa terapêutico, proporcionando benefícios na qualidade de vida do paciente disfágico.