Compressão de frequências: reconhecimento de fala em idosos com perda auditiva de configuração descendente
Fecha
2013-12-17Metadatos
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Objetivo: avaliar e comparar o desempenho de idosos com perda auditiva de configuração descendente, considerando ainda a presença ou não de zonas mortas na cóclea (ZMC) em testes de reconhecimento de fala, no silêncio e no ruído, usando próteses auditivas sem e com a ativação do algoritmo de compressão não linear de frequências (CNLF). Material e método: o estudo apresenta caráter quantitativo, observacional, descritivo e transversal. Foram avaliados 48 sujeitos, sendo 33 homens e 15 mulheres, com idade entre 61 e 84 anos, perda auditiva de grau leve a moderado e configuração descendente, sem experiência com o uso de próteses auditivas. Para coleta dos dados, foi utilizado o teste Listas de Sentenças em Português (LSP), sendo pesquisados os Limiares de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio (LRSS), relações sinal/ruído (S/R) e Índices Percentuais de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio (IPRSS) e no ruído (IPRSR). Os sujeitos foram avaliados usando próteses auditivas de forma binaural, as quais tiveram seus ajustes verificados por meio de mensurações com microfone sonda. Todas as medidas foram obtidas com o uso de próteses auditivas sem a ativação da CNLF (SC) e com próteses auditivas com a CNLF ativada (CC). Para análise dos dados, os sujeitos foram distribuídos de duas formas: em um estudo os 48 sujeitos compuseram a amostra; em outro, considerando os resultados obtidos no teste para identificação de ZMC, distribuíram-se os sujeitos em Grupo A (24 idosos sem indícios de ZMC) e Grupo B (14 idosos com indícios de ZMC). Resultados: considerando a amostra geral, foi observada diferença estatisticamente significante entre os LRSS e IPRSS obtidos usando próteses auditivas SC e CC, sendo as últimas as que proporcionaram melhores resultados. Na relação S/R e IPRSR, não foi observada diferença estatisticamente significante entre o uso de próteses auditivas SC e CC. Analisando-se separadamente os resultados do grupo A e B, em ambos observou-se diferença estatisticamente significante de desempenho entre os IPRSS obtidos usando próteses auditivas SC e CC, sendo as últimas as que proporcionaram melhores resultados. Não foi observada diferença no IPRSR. Comparando-se os grupos A e B, verificou-se que não houve diferença estatisticamente significante de desempenho no IPRSS SC, no IPRSS CC e no IPRSR CC. Já o IPRSR SC apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos, sendo o melhor o desempenho do grupo B. Conclusão: Considerando-se a amostra geral, no silêncio, as próteses auditivas CC proporcionaram maiores benefícios do que as SC. No ruído, o reconhecimento de fala foi semelhante com o uso de próteses auditivas SC e CC. Considerando-se a presença de ZMC, no silêncio, tanto no grupo de idosos sem quanto no com ZMC, o uso de próteses auditivas CC apresentou tendência a proporcionar maiores benefícios do que as SC. No ruído, os resultados foram semelhantes nas condições SC e CC em ambos os grupos. Comparando-se os grupos sem e com ZMC, a única medida que apresentou diferença significante foi a obtida no ruído com próteses auditivas CC, na qual o grupo com ZMC obteve desempenho melhor do que o sem ZMC.