Momentos articulares durante a marcha de hemiplégicos pós-acidente vascular encefálico
Fecha
2015-03-19Metadatos
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Pessoas que sofreram Acidente Vascular Encefálico (AVE) frequentemente apresentam dificuldade durante a marcha. Um dos motivos para tal é a hemiplegia, que é o principal comprometimento motor ocasionado pelo AVE. A hemiplegia gera assimetrias corporais que muitas vezes podem resultar em compensações e sobrecargas em um dos hemicorpos, deixando os indivíduos suscetíveis a momentos articulares desproporcionais e/ou exagerados nos membros afetado e não afetado. O objetivo deste estudo foi analisar a mecânica articular durante a marcha de hemiplégicos, pós-AVE. A amostra foi composta por 28 sujeitos hemiplégicos e 22 sujeitos sem hemiplegia. Foram obtidas grandezas cinéticas e cinemáticas da marcha para posterior cálculo dos momentos articulares utilizando o método de dinâmica inversa. Os indivíduos hemiplégicos foram divididos em dois grupos: grupo rápido e grupo lento, de acordo com a velocidade autosselecionada adotada, e os sujeitos sem hemiplegia constituíram o terceiro grupo. As comparações foram realizadas entre os três grupos e entre os membros afetado e não afetado do grupo hemiplégico. Os resultados mostraram curvas de momentos articulares similares para indivíduos hemiplégicos e sujeitos sem hemiplegia. Ainda assim, um maior número de diferenças foi encontrado nos momentos articulares entre grupos e estas se fizeram mais presentes no início da fase de apoio. Nas comparações entre os membros hemiplégico e não hemiplégico poucas diferenças foram encontradas. Conclui-se que pessoas que sofreram AVE estão suscetíveis a alterações nos momentos articulares, sendo estas alterações mais evidentes no grupo hemiplégico que adotou uma velocidade de caminhada mais rápida. Isso ocorre porque a velocidade de caminhada é um fator interveniente para o cálculo dos momentos articulares.