As reestruturações curriculares do CEFD/UFSM: a história não contada
Resumo
Esta pesquisa está no bojo das discussões sobre políticas públicas educacionais e formação de professores em educação física. Ela adentra na discussão da linha de pesquisa "Aspectos Sócio-culturais e pedagógicos da Educação Física" mais especificamente sobre formação de professores. O Trabalho pesquisou como se deram as correlações de forças dos atores sociais nos processos de reestruturações curriculares do CEFD/UFSM que resultaram nos currículos de 2005 (Licenciatura), 2006 (Bacharelado) e 2009 (Constituição da comissão paritária para construção de um currículo de formação única em Licenciatura) a partir de estudo bibliográfico, análise documental e entrevistas semi-estruturadas. Foram entrevistados os atores sociais que se envolveram nas respectivas comissões de reestruturação curricular e direção de centro. Tem como principal objetivo analisar e documentar estes processos de reestruturações a partir da análise das correlações de forças dos atores sociais e seus papéis para a implementação das políticas públicas educacionais referentes às diretrizes curriculares ou resistência às mesmas. Na análise dos dados percebemos que se estruturaram setores com propostas de projetos antagônicos que entraram em uma disputa desde o princípio. Após pesquisar, os processos de constituição dos atuais currículos em voga, elevamos a hipótese de que estas relações se estabilizaram com acordos, criando um consenso entre as partes. Já no processo de reunificação a luta estudantil foi protagonista, porém o setor majoritário dos professores conseguiu se utilizar dos aparatos institucionais para travar o processo, no qual não foi aprovado até os dias atuais. Assim o CEFD continua com a formação fragmentada, e os interesses individuais superam os coletivos.