A escola como tempo e espaço na formação continuada para a inclusão escolar: o instituído e o instituinte
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2008-12-15Metadatos
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Esta pesquisa foi desenvolvida durante o mestrado na linha de Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional , e traz como cenário uma escola da rede municipal de ensino da cidade de São Pedro do Sul RS, em que participaram
quatro professoras. Teve-se como principal questionamento: quais as representações construídas pelos professores acerca de a escola poder ser pensada como espaço / tempo para a formação continuada, tendo a inclusão escolar como desafio? A partir desse questionamento, o objetivo foi conhecer o imaginário dos docentes da referida escola sobre reuniões de professores como espaço formativo para a pratica da inclusão escolar. Pensou-se nesse tema por atualmente estar emergindo a escola como espaço privilegiado para a formação continuada e por a inclusão estar ocorrendo nas escolas, onde, muitas vezes, os professores se sentem despreparados para o trabalho com a diferença na sala de aula. Para tanto,
foram entrevistadas quatro professoras da mesma escola, e no roteiro das entrevistas constavam questões da história de vida profissional delas, pois o trabalho com a narrativa docente permite que, ao relatar a sua história, o entrevistado já rememore as suas vivências e acione um processo de autoformação. Dentre alguns autores que conversam com as narrativas dos sujeitos da pesquisa e com a tentativa
de aproximação dos sentidos e dos significados estão Castoriadis (1982,1992), Nóvoa (1991, 1995) Rios (2006), Perrenoud (2002), Tardif (2002), Mizukami (2002),
Correa (2003), Oliveira (1995, 2002,2005 e 2006) , Dal-forno (2005), Mantoan (2003 e 2006), Mittler (2003) e Carvalho (2005). Conclui-se que os docentes ainda estão esperando a formação vinda dos gestores, e em forma de palestras, pois esse é o instituído no momento e a formação no espaço escolar surge como o instituinte, podendo se constituir num espaço de criação de alternativas para os temas não
abordados nas palestras. Mas para que a escola seja um local com um tempo formal de formação é importante romper com a cultura docente do isolamento e desenvolver um trabalho em equipe. Sobre o desafio da inclusão, percebeu-se que
este é visto como mais fácil para os alunos com diagnóstico de deficiência, porém mais complicado para os alunos sem diagnóstico e que apresentam alguns problemas de comportamento e de aprendizagem.