Ensino de filosofia: problematizando práticas no ensino médio
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2010-08-27Metadatos
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Este trabalho foi desenvolvido na Linha de Pesquisa 2 Práticas Escolares e Políticas Públicas, do
Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Educação (PPGE), da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM/RS). Insere-se, nessa linha, a problematização das práticas pedagógicas do ensino da
filosofia no ensino médio, na busca de pensar novas possibilidades à aprendizagem do pensamento
filosófico, as quais contemplem novos olhares sob a referência de filósofos como Nietzsche, Michel
Foucault, Pierre Bourdieu, Deleuze, dentre outros. Utilizamos esses autores como ferramentas para
desenvolvermos e pensarmos novas práticas pedagógicas que permitam a liberdade do pensamento,
mas não seu encarceramento em cânones predefinidos e verdades absolutas da modernidade. A
sociedade disciplinar se transformou em uma sociedade de controle, porém as escolas ainda possuem os
resquícios da sociedade disciplinadora devido não só aos seus moldes de organização e criação, como
também pelo culto do conhecimento técnico e científico, considerando-o mais verdadeiro, em
detrimento das ciências humanas. Assim, é dentro desse espaço que buscamos pensar, em nossa
pesquisa, o ensino da filosofia como uma forma diferenciada dos princípios educacionais tradicionais
que norteiam as práticas pedagógicas e nos engessam dentro de uma teoria representacional, que não
nos possibilita o encontro com o diferente, o não instituído, com a multiplicidade. Apresentamos
conceitos que têm a finalidade de desconstruir práticas dogmáticas do pensamento e operacionalizar
outras, como ponto de fuga em relação às imagens do pensamento e subjetividades criadas pela
sociedade de controle. Sabemos que a sociedade atual é marcada por amplos debates e polêmicas
acerca do papel da educação e da filosofia nesse novo contexto operado por profundas transformações
objetivas e subjetivas. Por isso, um de nossos propósitos aqui é entender essa nova forma de ser social,
com a finalidade de nos liberarmos de seus condicionamentos para não reproduzi-los em nossas
práticas pedagógicas. Buscamos, também, pensar as relações entre filosofia, pedagogia e as formas de
pensar e agir do sujeito imerso em questões sociais, econômicas, políticas e de poder, a fim de
questionarmos as posturas ideológicas que originaram a forma de concebermos e vivermos a educação
em nossas práticas pedagógicas. Com isso, tentamos extrair do cotidiano e de eventos particulares uma
ideia mais ampla dos processos sociais gerados pela nova ordem mundial contemporânea: o mercado
global, a educação, a criação das subjetividades, os circuitos globais de produção e a nova estrutura
política do poder, com o objetivo de entendermos as relações entre escola e filosofia na
contemporaneidade.