Narrativas de professores de teoria e percepção musical: caminhos de formação profissional
Resumo
A presente dissertação de mestrado, intitulada Narrativas de Professores de Teoria
e Percepção Musical: Caminhos de Formação Profissional, faz parte do Programa
de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, na Linha
de Pesquisa Educação e Artes (LP 4), e está vinculada ao Grupo de Pesquisa
Narramus/UFSM. Seu texto apresenta os seguintes capítulos: Compondo o Tema,
Forma, Movimentos de Análises, Cadências e Referências Bibliográficas. Participam
docentes universitários/professores de Teoria e Percepção Musical de quatro
instituições públicas de Ensino superior de Música do Rio Grande do Sul. Os
colaboradores são bacharéis em todos os níveis de graduação sem habilitação à
especificidade para lecionar a disciplina de Teoria e Percepção Musical, contexto do
qual emerge a questão que a norteia: Como se dão os processos de formação para
a docência dos professores de Teoria e Percepção Musical colaboradores desta
pesquisa? Para dar conta de produzir respostas à referida questão, no capítulo
Forma, vale-se da História de Vida, mais especificamente, da História Oral temática;
trabalha com a História Oral no intuito de produzir documentos, a partir de
entrevistas temáticas, sendo que os participantes da pesquisa versaram sobre o
tema escolhido. Aqui são trabalhados autores que têm se dedicado a estudos
metodológicos que tomam o vivido como matéria produtora de conhecimentos,
sendo os principais Pineau (2006, 2011), Souza (2006, 2011), Josso (2004), Alberti
(2004 e 2005), Szymanski (2004), Schaller (2011), Meihy (2000), Connelly e
Clandinin (1995) e Freitas (2006). No que se refere às interpretações, o texto
propõe-se em quatro movimentos. O Primeiro Movimento de análise versa sobre a
experiência e o fascínio pelo vivido, recorrendo à memória como fonte de coerência
à escolha da docência em Teoria e Percepção Musical. A argumentação recorre a
pesquisas que tomam a experiência como determinante em processos formativos e
a não separação do pessoal e do profissional, entre eles, Nóvoa (1995), Josso
(2004), Holly (1995), Goodson (1995), Pineau (2011), França e Barbato (2011),
Tardif (2010) e Souza (2006). O Segundo Movimento trata do saber-fazer,
necessário ao professor de Teoria e Percepção Musical, pontuando os processos de
formação do professor dessa disciplina. Aqui são utilizados os estudos de Tardif
(2010), Josso (2004), Moita (1995), Otutumi (2008), Barbosa (2009), Morosini
(2006), Oliveira (2009), Isaia (2009) e Maciel (2009). O Terceiro Movimento de
análise enfoca a Teoria e Percepção Musical no Rio Grande do Sul, além de, em
certa medida, articular conceitos inerentes à área. Para tal, são abordadas as
pesquisa de Louro (2004), Otutumi (2008), Galizia (2007 e 2008), Borba (2011),
Orlandi (1998), Oliveira (2009), Bernardes (2001) e Barbosa (2009). Por fim, o
Quarto Movimento parte das leituras feitas de Louro (2008), Tardif (2010), Morosini
(2006), Isaia (2009) e Borba (2011), para pensar a sala de aula como lugar de
formação da prática docente dos professores de Teoria e Percepção Musical.