A herança do esquecimento: saberes docentes nas narrativas de formação
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2015-08-21Metadatos
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O presente trabalho de dissertação enquadra-se na Linha de Pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional (LP1), do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Centro de Educação, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e busca lançar problematizar as influências do campo da filosofia da educação sobre a atual formação de professores no Brasil, abordando as pesquisas dessa área e fortalecendo um processo que é ainda recente, de pensar acerca do potencial ético e estético dos saberes docentes. A necessidade deste estudo se justifica, pela preocupação manifestada em documentos como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura (BRASIL, 2006) e ainda pelo levantamento teórico-bibliográfico realizado, segundo uma concepção teórico-crítica de educação, na qual subjaz a ideia de que o tempo presente está marcado substancialmente pela herança do esquecimento. A pesquisa desenvolveu-se por meio de uma análise documental de relatórios de estágio do curso de Pedagogia Licenciatura Plena da UFSM, seguindo uma abordagem qualitativa e uma compreensão hermenêutica-reconstrutiva, delineando os relatos presentes nos relatórios de estágio como narrativas de formação. Diante disso, questiona-se: Como está sendo desenvolvida a sensibilidade no campo da formação de professores para compreensão dos vestígios da barbárie num tempo herdeiro do esquecimento? Desse modo, o objetivo central da pesquisa é investigar a possibilidade de agregar aos saberes docentes o horizonte ético-estético, por meio da noção de experiência, tematizando as narrativas repercutidas pelos professores em formação sob a influência de um tempo marcado pelo esquecimento. Assim, pensar contribuições acerca do autoesclarecimento pedagógico da docência provoca uma preocupação com as racionalidades docentes que circulam no ambiente pedagógico. No âmbito do trabalho em questão, isso implica perquirir como a racionalidade epistemológico-prática, inserida no currículo da formação de professores com uma noção de saber e experiência, limitada ao cognitivo, contribuiu para que se perpetue na esfera social a herança do esquecimento.