Vínculos afetivos na educação infantil: desafios na auto(trans)formação permanente de professores
Resumo
Esta Dissertação de Mestrado insere-se à Linha de Pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria/RS. A justificativa para o desenvolvimento desta pesquisa respalda-se nas memórias e vivências da acadêmica. Para o desenvolvimento deste estudo, foi realizada uma discussão para ampliar conhecimentos com professores de uma escola de Educação Infantil da rede municipal de Santa Maria RS. Neste sentido, a pesquisa teve como objetivo compreender como os professores de uma Escola de Educação Infantil, de Santa Maria RS, percebem os Vínculos Afetivos entre si na Educação Infantil e na sua auto(trans)formação permanente. A metodologia utilizada fundamentou-se em uma abordagem qualitativa do tipo estudo de caso e, para produção dos dados, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas, por meio destas emergiram os temas (geradores) para dinamizar os Círculos Dialógicos Investigativo-formativos de forma virtual, inspirados nos Círculos de Cultura freireanos e, conforme desenvolvidos por Kaufman (2015), foram analisados como entrevistas virtuais, por não terem se efetivado. As produções de dados foram interpretadas a partir de uma análise hermenêutica, a qual possibilitou interpretar as diferentes expressões (fala, silêncios, gestos) das professoras participantes da pesquisa e suas compreensões. Como aportes teóricos sobre afetividade e vínculos afetivos utilizou-se: Wallon (1975, 1971), Vygotsky (2003), Paulo Freire (2006) e Pichon-Rivière (2007). Para fundamentar e aprofundar ainda mais a temática auto(trans)formação, fez-se uso de: Imbernón (2010), Freire (1987,1997, 2000, 2006, 2009, 2014), entre outros. A investigação apontou que as professoras destacam a importância de um trabalho em grupo ser significativo tanto para o trabalho pedagógico quanto para o desenvolvimento das crianças, e que os vínculos afetivos estão diretamente relacionados, refletindo propriamente no trabalho dessas professoras. Nesse sentido, sinalizaram que os momentos de socialização proporcionam ampliações de conhecimentos e auto(trans)formações consideradas relevantes para seu trabalho. Ainda, as profissionais da Educação Infantil também mencionaram a importância da formação permanente.