Estresse e coping em trabalhadores de enfermagem de um hospital privado
Fecha
2013-03-27Metadatos
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Este estudo objetivou analisar estresse e Coping em trabalhadores de enfermagem de um
hospital privado. Trata-se de um estudo transversal, analítico e com abordagem quantitativa,
realizado com 209 trabalhadores de enfermagem de um hospital privado do noroeste do Rio
Grande do Sul. Os dados foram coletados entre Setembro e Outubro de 2012, após assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), por meio de um protocolo de pesquisa que
constou de: Formulário de caracterização sociodemográfica e funcional, Escala de Estresse no
Trabalho (EET) e Inventário de Estratégias de Coping (IEC). O estudo contemplou às
determinações preconizadas pela resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado
no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria/RS (CAAE:
06163312.8.0000.5346). Para o armazenamento e organização das informações, construiu-se um
banco de dados em uma planilha eletrônica no programa Excel (Office 2007). As variáveis
sociodemográficas e funcionais e os itens que compõem os instrumentos foram analisados
estatisticamente com o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 17.0).
Atestou-se consistência interna satisfatória para o ETT, com Alfa de 0,914, e para o IEC, com
Alfa de 0,897. Verificou-se predomínio do sexo feminino, casados, com um ou mais filhos, na
faixa etária de 30 a 39 anos, residentes no município de Ijuí e que levam menos de 30 minutos
para chegar até o hospital. Quanto às características funcionais, identificou-se que 83,25% são
técnicos em enfermagem, 41,15% concluíram a formação (superior/profissionalizante) há menos
de cinco anos, 29,67% atuam na instituição entre dois e quatro anos e 30,14% trabalham na
unidade que estão lotados pelo mesmo período. Ainda, 55,02% escolheram a unidade que
gostariam de trabalhar, 51,20% receberam treinamento para atuar na unidade em que estão
escalados e 53,11% possui outra atividade laboral ou acadêmica. Observou-se que 52,15%
realizam atividades físicas e 67,94% usufruem de momentos de lazer. Neste estudo, 71,29% dos
trabalhadores de enfermagem apresentaram moderado estresse. As situações da EET de menor e
maior média, respectivamente, foram: tenho me sentido incomodado por trabalhar em tarefas
abaixo de meu nível de habilidade e fico irritado com discriminação/favoritismo no meu
ambiente de trabalho . Os Fatores de Coping mais utilizados pelos trabalhadores de enfermagem
foram Reavaliação Positiva, Suporte Social e Resolução de Problemas. No Fator Reavaliação
Positiva, a ação rezei foi a mais utilizada. Verificou-se diferença estatisticamente significativa
entre o estresse e treinamento, sendo que aqueles que receberam treinamento apresentaram
menores médias de estresse. Houve diferença estatística significativa entre Autocontrole e sexo;
Suporte Social e faixa salarial; Aceitação de Responsabilidade e variáveis idade, número de
filhos, treinamento e faixa salarial.