Suporte social e adesão ao tratamento antirretroviral de adultos que vivem com HIV/AIDS
Abstract
O objetivo foi avaliar as relações entre suporte social e adesão ao TARV de adultos que vivem com HIV/aids, atendidos no Hospital Universitário de Santa Maria. Estudo transversal, com abordagem quantitativa, envolvendo 179 adultos em tratamento antirretroviral para o HIV/aids. A coleta de dados foi de março a julho de 2012, após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM sob nº CAAE 0322.0.243.000-11. Os instrumentos utilizados neste subprojeto foram a Escala de suporte social para pessoas vivendo com HIV/aids e o Questionário para avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral em pessoas com HIV/aids (CEAT-VIH). Após a verificação de erros e inconsistências, a análise estatística foi realizada no programa PASW Statistic® (Predictive Analytics Software, da SPSS Inc., Chicago - USA) versão 18.0 for Windows. Dos adultos em tratamento antirretroviral, 83,2% foram definidos como não aderentes (escore bruto ≥ 83; percentil ≥ 85). O suporte social apresentou média geral de pontuação de 87,71(±19,2). Por meio da análise bivariada, evidenciou-se que conviver com alguém, na situação conjugal, tem associação significativa com suporte social emocional e instrumental. A fonte de suporte emocional e instrumental mais frequente foi o(a) parceiro(a), seguido(a) de familiares que residiam com a pessoa. Identificou-se que os pacientes com adesão estrita ao tratamento apresentaram significativamente médias mais altas de suporte emocional. A adesão ao tratamento antirretroviral possuiu correlação baixa e positiva com o suporte emocional (r=0,248; p=0,001) e positiva com o suporte social total (r=0,185; p=0,013). Conclui-se que o suporte emocional interfere na adesão e que a sua avaliação poderá contribuir na detecção daqueles indivíduos que terão maiores dificuldades de aderir ao tratamento antirretroviral, possibilitando a elaboração de estratégias de cuidado a esta população.