Perspectiva de rede de atenção à saúde de crianças e adolescentes vivendo com HIV
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2016-02-15Metadatos
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As crianças vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ou com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) exigem demandas de acompanhamento em saúde além do habitual devido às especificidades de sua condição sorológica. Dentre as demandas, destacam-se o acompanhamento permanente de saúde e a dependência de tecnologia medicamentosa. No entanto, a deficiência de acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) resulta na afiliação aos serviços especializados. Recomenda-se que esses serviços especializados contem com os serviços de APS, visando a qualidade da atenção à saúde, preferencialmente sob coordenação da APS. Neste sentido, a efetivação de uma Rede de Atenção à Saúde (RAS) pretende a integração entre os serviços coerente com a política pública de saúde nacional. Para tanto, faz-se necessária à estruturação da política municipal para implementação de um sistema de transferência, definição das atividades de responsabilidade de cada serviço e da educação permanente dos profissionais. Estes precisam conhecer as crianças e os adolescentes vivendo com HIV na sua área de abrangência e desenvolver ações de acolhimento e fortalecimento de vínculos. Assim tem-se como objetivo discutir com profisisonais da Rede de Atenção à Saúde de crianças e adolescentes vivendo com HIV, perspctivas de linha de cuidado e fluxo de atenção no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Metodologia: Abordagem qualitativa realizada por meio da técnica de grupo focal com 23 profissionais de saúde da APS e do serviço especializado, totalizando quatro sessões. O cenário de estudo foi composto pelos serviços de APS de Santa Maria, o Hospital Universitário de Santa Maria e a Casa Treze de Maio. Foi desenvolvida a Análise de Conteúdo e respeitados os aspectos éticos das pesquisas com seres humanos, seguindo a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A atenção à saúde das crianças e adolescentes vivendo com HIV em Santa Maria é realizada nos serviços especializados. Isso é decorrente de aspectos conceituais, estruturais e sociais. Para tanto, na tentativa de descentralizar esse modelo de atenção à saúde em especialidades, foi discutida e reorganizada essa atenção à saúde por meio da construção de uma linha de cuidado para essa população. Foram definidas as concepções de cada ponto, as articulações e as operacionalizações necessárias para uma melhor integração entre os pontos de atenção à saúde. Destaca-se que o presente estudo teve um produto: o fluxo de atenção à saúde das crianças e adolescentes vivendo com HIV em Santa Maria. Considerações finais: As discussões proporcionaram a reorganização de um modelo de atenção que era fragmentado, com foco no controle clínico da doença para um modelo de atenção à saúde compartilhado entre os pontos, utilizando como base os princípios da RAS.